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Safra - Reflexos da seca
Data: 19/01/2009
 
No mapa podemos ter uma idéia da situação em todo o país. As áreas que vão do laranja ao vermelho estão em condições de seca, sendo o vermelho a pior situação.
Na fronteira com o Brasil fica o distrito de Corrientes. Nossa equipe de reportagem saiu de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, e foi até o município uruguaio de Mercedes.
Nessa região não há chuvas significativas há pelo menos 70 dias. O rio Miriñay está quase desaparecendo. Corrientes é a principal região produtora de arroz da Argentina, com mais de 40% da produção.
Em uma propriedade as duas barragens estão abaixo da capacidade. "Isso será um problema se não chover, pois não será possível fazer a irrigação na última etapa", explica o gerente da lavoura.
Em outra propriedade, a situação é ainda mais grave: 250 hectares foram perdidos e outros 100 devem ser abandonados pela falta de água. O engenheiro agrônomo Sergio San Martin diz que com a falta de água ocorreram ainda infestações como a lagarta da folha e o de plantas invasoras.
Esta é considerada a pior seca desde 1961. Os dados são do serviço meteorológico nacional. As chuvas em 2008 foram de 40 a 60% inferiores aos valores costumeiros. Segundo o Ministério da agricultura, a falta de chuvas afetou as principais culturas da Argentina.
Em uma lavoura de milho a estimativa era de uma colheita em torno de 5.500 quilos por hectare, mas por causa da escassez de chuvas, não deve chegar a três mil quilos por hectare.
“Foi um ano extremamente complicado para o cultivo em geral. Estimamos que a produção de milho tenha queda de pelo menos 40%, tanto pela redução de área cultivada, quanto pela seca”, afirma um dos técnicos da empresa.
Já para os animais não há oferta de alimento no campo. A saída é apostar nos suplementos, um investimento alto, mas para evitar mais perdas.
No Uruguai a situação também é complicada, como mostra a reportagem de Eduardo Silva.
A terra seca é reflexo da estiagem que começou no final de 2008 e continua castigando o território uruguaio. Em dezembro, as culturas de verão conseguiram ser semeadas, mas a falta de chuva não está permitindo o desenvolvimento das lavouras.
A maior preocupação é com os pequenos produtores. São 32 mil famílias que vivem no campo. Em Rivera os dois hectares de milho de uma pequena propriedade não vai dar nem para a cilagem. O que a seca deixou a lagarta comeu. Nas vagens não há feijão e a produção de leite caiu pela metade.
“Nunca tinha acontecido isso, porque no ano passado não tivemos grandes preocupações, nós tivemos comida para os animais, mas este ano não temos nada. Este ano vai ser o pior de todos”, afirma um agricultor.
Reuniões de emergência com exército, departamento de água, e demais lideranças, tem sido feitas em todo o país, que tem na pecuária de corte e leite a principal atividade econômica. Mas com a falta de chuvas os pastos secaram.
No município de Durazno no sul do Uruguai seu Daniel está tendo dificuldade. “Tenho que levar meus gados para outro campo, em uma capitalização e o dono do campo fica com 100% dos quilos ganhados. Eu só fico com a carcaça da vaca que entra fraca”.
Sem ter o que comer e perdendo peso, os animais estão sendo vendidos em pé para abate no Brasil. Cada caminhão carrega em média 35  animais. Eles atravessam a fronteira por Santana do Livramento e são comprados por frigoríficos no sul.
Segundo o Ministério de Gado e Pesca do Uruguai e do Ministério da Agricultura do Brasil, nos últimos dois meses, a cada semana entram no Brasil cerca de 1.500 cabeças.
“É um gado de qualidade, é um gado bem preenchido. Eu não te diria que 100% são gados gordos, mas me arriscaria te dizer que 75%, 80% é gordo, em condições de abate pleno, total”, comenta Guilherme, veterinário  do Ministério de Agricultura.
A seca também provocou grandes perdas aqui no Brasil. Essa semana, a secretaria de agricultura do Paraná e a Emater do Rio Grande do Sul divulgaram novos dados sobre a safra.
No Rio Grande do Sul, a quebra nas lavouras de feijão chega a 10%, em relação à previsão inicial. No milho, 16%.
No Paraná, a maior perda é do feijão, 38%. Milho, 31%. Soja, 17%. A perda total dos grãos deve ser de cinco milhões de toneladas. Quebra de 23%.

Fonte: Globo Rural


 
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