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Registro - Impasse em Santos põe Cargill em estado de alerta
Data: 23/01/2009
 
A revisão dos contratos de áreas arrendadas nos portos brasileiros em gestação no governo passou a representar, para a Cargill, uma bomba relógio com data para explodir.
Nem tanto por significar que a multinacional americana provavelmente terá de disputar uma nova licitação para assegurar a área de 40 mil metros quadrados que abriga seu terminal de grãos em Santos - o que já é considerada uma má notícia -, mas porque a empresa ainda não foi informada sobre o que vai acontecer entre o término de seu atual contrato, em 31 de janeiro, e o resultado desta nova licitação, que ainda não se sabe quando será realizada.
Até ontem, a Cargill admitia seriamente a possibilidade de ter de sair no fim do mês, e alertava que isso detonaria um elo de sua cadeia produtiva que movimenta anualmente de 4 milhões a 4,5 milhões de toneladas, ou US$ 2 bilhões, num momento de aquecimento das exportações
A Cargill ocupa a área desde 1985, e nela investiu US$ 40 milhões. O contrato assinado previa o arrendamento por dez anos, prorrogáveis por outros dez - e novamente prorrogado até agora. Posteriormente, a empresa inaugurou também o Terminal de Exportação de Açúcar de Guarujá (Teag), que desde 2001 é tocado em parceria com a Crystalsev.
José Luiz Glaser, diretor do Complexo Soja da múlti no Brasil, diz que, na prática, os dois terminais operam quase como se fossem um só. Por isso, afirma, há oito anos a Cargill tenta junto às autoridades harmonizar seus contratos de arrendamento conforme as regras previstas na Lei dos Portos de 1993. Estabelecido depois da lei, o Teag não corre riscos, já que seu contrato é de 20 anos, prorrogáveis por outros 20.
Glaser afirma que já expôs inúmeras vezes a situação do terminal de grãos às mais diferentes autoridades relacionadas ao assunto, incluindo Codesp, Antaq, Secretaria dos Portos, Casa Civil e Presidência da República. Segundo ele, todos disseram compreender o problema e se prontificaram a resolvê-lo. Nada ainda foi definido. Na mesa, segundo a Codesp, apenas algumas opções para manter o terminal da Cargill em operação até a realização de nova licitação.
Se o impasse persistir, explica Glaser, no dia 31 o alfandegamento expira e a Cargill não poderá mais exportar grãos por Santos. Entre produtos dos complexo soja e milho, saem pelo terminal paulista, o principal da empresa no país, cerca de 3 milhões de toneladas por ano. A Cargill Agrícola foi a oitava maior exportadora do país em 2008, com embarques totais de US$ 2,2 bilhões. Entre as empresas do agronegócio, perdeu só para Bunge e Sadia, que ficaram, respectivamente, na quarta e na sexta colocação, segundo a Secex.
É óbvio que a Cargill, nos movimentos que faz para preservar o terminal santista, teme os impactos que uma eventual paralisação ali terão sobre seus negócios no país, vitais para a atuação global do grupo. Mas Glaser diz que as consequências não param por aí. "Toda uma cadeia construída nas últimas décadas está baseada no terminal, com a eficiência necessária para um negócio cuja margem de lucro é de 1% a 2%. Produtores de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais também seriam afetados, porque se não consigo exportar tenho que parar de comprar".
Parte das até 4,5 milhões de toneladas de grãos movimentadas nesse ramo da cadeia da Cargill - há outro ramo que segue pelo Norte do país, até o terminal de Santarém (PA) - fica no mercado doméstico, mas o maior volume segue para o exterior. Faz parte do elo a fábrica de processamento de Três Lagoas (MS), que exporta 90% do que produz. Também fará parte dele a unidade que a Cargill vai inaugurar em maio em Primavera do Leste (MT), a partir de investimentos de US$ 150 milhões.
Não há para empresa, segundo Glaser, alternativas viáveis ao terminal em Santos. Em Vitória (ES), dominado pelo escoamento de minérios, falta capacidade disponível para suportar os volumes movimentados pela Cargill. Ele também afirma que em Paranaguá (PR), principal porta de saída dos grãos brasileiros destinados à exportação, já há limitações de calado para os grandes navios graneleiros.
Segundo Glaser, o ramo da cadeia da Cargill que desemboca em Santos envolve 2 mil funcionários, ou dois terços do efetivo total da múlti no país, o que também torna mais complicadas quaisquer mudanças. A inauguração do terminal em Santarém, ainda cercado de questionamentos de entidades de defesa do meio ambiente, já foi uma ação para reduzir a dependência do terminal santista. Outra tentativa se dá no porto de Itaqui (MA), onde a Cargill participa de uma licitação que se arrasta há quatro anos.

Fonte: Valor Econômico
 
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