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Porto Alegre, quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
 
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Milho - Recessão prejudica milho
Data: 23/01/2009
 
O agravamento da recessão nos Estados Unidos abriu espaço para a correção nas cotações dos grãos após a alta do pregão anterior.
Segundo informações do governo do país, o número de americanos que solicitam auxílio desemprego pela primeira vez correspondeu ao nível mais alto em 26 anos, e os construtores dos Estados Unidos em dezembro começaram a construir menos casas desde pelo menos 1959.
Essas notícias aumentaram os temores entre os investidores de que a demanda dos principais grãos utilizados na fabricação de alimentos, rações e combustíveis deverá diminuir.
Os papéis do milho com entrega para maio fecharam em 398,50 centavos de dólar o bushel (27,2 quilos), queda de 0,6%. Há três dias, o milho já tinha recuado 51% frente a um recorde em junho, e a soja registrou uma baixa de 37% em comparação com a alta recorde em julho.
"Tudo isso está vinculado às péssimas notícias sobre a economia", disse Robert Lekberg, analista de mercado na Penson, em Chicago. " Nada sugere que haverá uma rápida reviravolta."
"As chuvas melhoraram as perspectivas no Brasil , e também poderão ajudar na Argentina" , informou Lekberg. Com isso, a soja também recuou para US$ 10,1950 o bushel (27,2 quilos), desvalorização de 0,95%.
O trigo também acompanhou a queda e fechou cotado em 579,50 centavos o bushel (27,2 quilos), queda de 0,85%. Segundo informações de analistas, a demanda por estoques americanos caiu de junho de 2008 até o dia 8 de janeiro. Segundo dados do governo americano, foram vendidos 22 milhões de toneladas no período, queda de 26% em relação ao ano anterior.
Na contramão, o algodão fechou com os contratos maio valendo 49,48 centavos de dólar a libra-peso (0,45 quilos), alta de 3,5%.
Segundo analistas, a queda de área nos EUA e na China deverá ajustar a produção no mundo. Com o agravamento da crise, a fibra seria o primeiro item a sofrer com menor demanda. Com a queda nos preços, produtores passaram a optar por culturas como a soja no plantio.

Fonte: Bloomberg News
 
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