São muito ruins as notícias sobre as quebras de safras no Brasil, no Paraná, em Santa Catarina, no Paraguai, no Uruguai e na Argentina (neste caso as notícias são catastróficas), mas tudo isto vai se transformando em colírio para os olhos dos produtores do RS, que estão a caminho de outra (a terceira) supersafra, desta vez de 22 milhões de toneladas. O editor tem tratado disto de modo recorrente, porque dependendo do regime das chuvas tudo muda. Boas safras no RS, como se sabe, são fatores decisivos para o bom desempenho da economia, sendo que o contrário é verdadeiro. Este ano, com a crise global já arrombando a porta do Estado (leia notas a seguir) uma boa safra significa menos sofrimento para a economia local. Não apenas a produção, mas também os preços, estão muito bons, apesar da crise econômica global e da queda das cotações das principais commodities. Nesta terça-feira, no interior gaúcho, o produtor recebeu R$ 50,00 pela saca de 60 kgs de soja, contra R$ 41,00 no mesmo dia do ano passado. É o grão mais importante. As safras de verão, caminham todas de vento em popa para a colheita (arroz e soja), à exceção do milho, que registrou forte, mas não desastrosa quebra. E chove. A previsão é de chuva para quarta, quinta e sexta-feiras no RS. O mês de fevereiro promete chuvas regulares. O mês é decisivo para soja e milho. Acompanhe os números sobre as safras: RS: 22 milhões de toneladas (9 de soja, 7 de arroz, 4 de milho e 2 de trigo). Brasil: 134 milhões de toneladas (144 milhões em 2008). Argentina: 72 milhões de toneladas (95 em 2008) Os desastres anunciados, sobretudo na Argentina (quebra de 25%) e Paraná (quebra de 20%), melhoram os preços para o produtor do interior gaúcho. Aliás, no caso da soja, as cotações em Chicago também melhoraram (UW$ 10 por bushel, contra US$ 6 em julho e US$ 8 em dezembro). Este ano, o RS terá uma safra maior (22 milhões de toneladas) do que a do Paraná (20 milhões de toneladas). Você pode até não acreditar, leitor, mas este ano o RS terá a sua terceira supersafra seguida de grãos, todas no governo Yeda. Isto jamais aconteceu antes. É muita sorte.