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Boi Gordo - Argentina já perdeu 1,8 milhão de cabeças de gado com a seca
Data: 29/01/2009
 
Argentina , que acaba de declarar estado de emergência agropecuária, diante da pior seca em 50 anos, já perdeu entre 1,5 milhão e 1,8 milhão de bovinos. Em Benito Juárez, localizada no coração dos pampas, os pecuaristas relatam o drama que estão vivendo nos últimos meses.
"Aí está Mirela. Ela está morrendo", lamenta Pedro Gallarraga, de 47 anos, pecuarista de origem basca como são muitos dos descendentes de imigrantes que trabalham há mais de um século nas terras de Benito Jurez, cidade localizada a 400 km ao sul de Buenos Aires.
À frente de Gallarraga, uma vaca tenta se levantar com grande dificuldade, e logo torna a cair. A cerca de 50 metros dali, um bezerro a chama em vão. "Esse também vai morrer", diz o produtor rural. "Quando se afastam já não há salvação."
Ao seu redor, o pasto está seco como palha. Nessa localidade, a incidência de chuva em um ano foi 40% menor que a média. "Nunca havia visto tamanha seca", acrescentou o pecuarista. "Já vi algumas, passageiras, porém jamais uma que durasse um ano inteiro".
A alguns quilômetros dali o cenário é ainda mais sombrio. Carlos Abel Mastronardi, de 53 anos, perdeu oito vacas em poucas semanas. Continuam ali, no cercado que rodeia sua modesta casa na estância San Pablo.
Mastronardi avança com cautela, como alguém que tropeçou e teme cair de novo. A cada passo que dá, dezenas de gafanhotos fogem; com a seca retorna a leva de "tucura" (um tipo de gafanhoto).
"Meus problemas começam agora. Os animais continuarão a morrer. Não tenho mais pasto. Não sei por quanto tempo conseguiremos suportar. Poderemos falir," diz Mastronardi.
Os pecuaristas argentinos estão no momento em um verdadeiro círculo vicioso. "Mandam para o mercado até vacas prenhas porque não conseguem sustentar os animais", informou Juan de Carraza, de 49 anos, representante da Sociedade Rural Argentina.

Vacas magras

"O pior não são as vacas e novilhos que morrem, mas os que não irão nascer", diz Carraza. "É um ciclo de cinco anos. Todo o ciclo está afetado. E a queda na rentabilidade é de 25% por ano."
O rio Salado que atravessa a província de Buenos Aires a 300 km ao norte de Benito Juárez, está seco. Ficaram apenas alguns poucos charcos, onde se junta o rebanho.
Argentina já perdeu em um ano 1,5 milhão de bovinos, segundo o Instituto Nacional de Tecnologia Agrícola (Inta) ou 1,8 milhão , de acordo com a Confederação das Cooperativas Agrícolas (Coniagro) de um total que se aproxima de 50 milhões .
A presidente da Argentina, Cristina Kirschner, declarou na segunda-feira à noite estado de emergência para o setor agropecuário, o que deverá significar uma isenção fiscal para muitos produtores agrícolas.
Entretanto esse mesmo governo peronista limita as exportações a fim de aumentar a oferta interna e impedir a alta dos preços domésticos. Isso ocorre em um país onde o consumo de carne por habitante: 75 kg ao ano.
O governo em maio já limitou para 25% a quantidade de carne para exportação para cada matadouro. O preço do quilo da carne pago aos pecuaristas há um ano era de 3,60 pesos (US$ 1,03). Hoje, a remuneração não supera 2,50 pesos (US$ 0,71). Nesse período, as despesas fixas dos produtores com seus animais aumentaram 40%.
Os produtores costumam levar suas reses para o matadouro antes de deixá-las morrer em suas terras. Com isso, pressionam o mercado com a oferta maciça de cabeças de gado, o que só faz pressionar os preços caíres ainda mais.

Fonte: Gazeta Mercantil






 
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