Safra - Argentina: milho e soja avançam; mercado de trigo segue travado
Data:
02/02/2009
O mercado físico argentino finalizou a sessão desta sexta-feira em alta. O receio com a condição das lavouras impulsionou os preços da soja, enquanto o milho foi beneficiado pela oferta escassa no disponível. Não foram registradas ofertas de preço para o trigo, diante da retração dos exportadores depois que o governo deixou de emitir licenças de exportação. Na bolsa de Chicago, o trigo e milho terminaram o dia em baixa, mas a soja fechou firme por conta da incerteza quanto às condições climáticas nas regiões produtoras da Argentina.
Trigo - O mercado de trigo segue travado. No mercado de preço futuro, a posição março foi negociada a US$ 124,30 e o julho a US$ 133/tonelada.
Milho - O milho foi negociado em alta no disponível. Entretanto, a volatilidade em que opera o mercado externo de referência e a incerteza quanto ao clima não permite que a tendência de alta se consolide no mercado local.
Os exportadores ofereceram em Timbués e Lima 390 pesos para mercadoria com entrega imediata, enquanto em San Lorenzo o preço foi de 395 pesos. Para entrega em General Lagos, a partir do próximo domingo, a oferta ficou em 400 pesos. Os exportadores de Punta Alvear também elevaram as ofertas para 410 pesos, mas sem data definida de entrega. O volume de negócios chegou a 12 mil toneladas.
Nas entregas para o cereal novo, com entrega entre março e abril, o preço ofertado por exportadores foi de US$ 120 por tonelada em San Martín, Timbúes, Arroyo Seco, Lima e Ramallo. Os exportadores de San Martín e Arroyo Seco também mantiveram as ofertas em US$ 120/tonelada, mas para entregas feitas em maio. O volume de negócios no dia somou 2 mil toneladas.
Soja - A soja encerrou a sessão em alta. Diante da preocupação com a situação das áreas produtoras, as fábricas decidiram elevar suas ofertas.
Uma fábrica de San Martín pagou 910 pesos para entrega imediata. Para Timbúes, San Lorenzo, Ricardone e General Lagos pagaram 900 pesos. Os demais compradores não participaram da sessão. Não foi possível estimar o volume negociado no dia.
Para a safra nova, com entrega em maio, as ofertas ficaram estáveis. As fábricas de Timbúes e General Lagos, juntamente com exportadores em San Martín e Arroyo Seco, pagaram US$ 230 por tonelada. Mas rumores no mercado apontavam que os negócios também saíam com ofertas US$ 5 mais altas.
Girassol - Os preços do girassol voltaram a subir, mas somente em uma fábrica. Em San Martín, o preço pago para entrega imediata foi de 710 pesos. Em Ricardone, Rosario e Deheza (todos com frete e frete de retorno), o preço ficou em 690 pesos para entrega imediata. Em Junín, a oferta foi de 680 pesos.
Uma fábrica em Junín pagou US$ 195 para entrega em março, aumento de dois dólares sobre o último pregão.