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Soja - Recessão derruba soja
Data: 03/02/2009
 
Os preços no mercado de futuros recuaram ontem depois que as chuvas recuperaram as plantações que sofriam com a seca na Argentina, maior exportadora mundial de ração animal e óleo de soja e segundo maior exportador de milho, atrás dos EUA, afirmou Jerry Gidel, analista da North American Risk Management Services Inc..
Algumas regiões da Argentina devem receber até 38 milímetros de chuva em duas tempestades que devem atingir o país nos próximos três dias, com uma terceira tempestade prevista para o dia 6 de fevereiro, informou Fred Gesser, meteorologista da Planalytics em Wayne.
Administradores de fundos de hedge e outros grandes especuladores reduziram as posições líquidas de longo prazo nas cotações futuras de milho e opções em 27% para 24.970 contratos na semana que se encerrou em 27 de janeiro, segundo dados da US Commodity Futures Trading Commission. No caso do milho, estes índices tiveram alta de 13% para 43.687 contratos.
"As previsões apontam para um clima um pouco mais úmido", disse Gidel. "Ainda não vimos nenhuma chuva forte, mas os prognósticos são melhores".
Recessão global
A recessão global também contribuiu para a queda das cotações do milho e a soja para os níveis de preços mais baixos em mais de duas semanas. As especulações são de que haverá queda na demanda pelas colheitas dos Estados Unidos utilizadas para fabricar alimentos, rações e combustível alternativo.
Os gastos dos consumidores nos EUA recuaram 1% em dezembro, pelo sexto mês consecutivo de recorde, informou o Departamento do Comércio . O dólar avançou 0,6% contra uma cesta de seis importantes moedas, limitando o poder de compra dos importadores de bens dos EUA . O milho recuou 54% de um recorde em junho, e a soja registrou uma queda de 41% frente à maior alta de todos os tempos em junho.
"A demanda diminui", disse Jerry Gidel, analista de grãos na North American Risk Management Services em Chicago. Os papéis da soja com entrega em maio ficaram em US$ 9,6525, recuo de 2,1%. Os contratos do milho para maio fecharam em US$ 3,8175 o bushel, queda de 2,1%.

Fonte: Gazeta Mercantil

 
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