Soja - Produção de soja é revisada para baixo no Estado
Data:
04/02/2009
O quarto levantamento de safra da AgRural mostra que a região Centro-Oeste do Brasil sofreu com o estresse hídrico nas lavouras de soja. O resultado desse fenômeno se refletiu, mais uma vez, na estimativa de produção do Mato Grosso do Sul e de Goiás, que tiveram queda de 10,9% e 1,8%, respectivamente, em relação às previsões de dezembro. A produção do Mato Grosso, por sua vez, foi ligeiramente revisada para baixo, sendo projetada em 17,282 milhões de toneladas, ante 17,284 milhões de toneladas esperadas em dezembro. A produção de soja do Brasil na atual safra (08/09) deverá ser de 57,73 milhões de toneladas. O número ficou 4,6% abaixo da previsão de dezembro, quando a safra era projetada em 60,51 milhões de toneladas. O motivo da redução foi o clima, que não colaborou com os produtores do Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A estiagem castigou principalmente a soja do Sul do Brasil, onde as chuvas não chegaram no período em que as lavouras mais precisavam de água. No Paraná, a seca ocorrida em dezembro afetou a produtividade do estado, que em dezembro era estimada em 49 sacas por hectare e agora foi revista para 43 sacas por hectare. O clima também não ajudou os sojicultores gaúchos, que logo no início da safra foram prejudicados com uma intensa seca. Embora o histórico de produção do estado não seja tão alto, o potencial produtivo das lavouras caiu. Em dezembro, a safra do Rio Grande do Sul foi estimada em 8,65 milhões de toneladas, mas a produção do ciclo atual vai chegar perto de 8 milhões de toneladas. Se a estimativa se confirmar, o número será superior ao da safra 2007/08. Mas, para isso, ‘São Pedro’ precisa colaborar. No Mato Grosso do Sul, a severa estiagem atingiu em cheio quatro dos cinco maiores municípios produtores: Maracaju, Dourados, Ponta Porã e Rio Brilhante, onde os campos ficaram até 45 dias sem água. Com isso, a safra sul-mato-grossense deve somar 4,28 milhões de toneladas, 6% menos que em 2007/08. Com a redução de 40 mil hectares de área plantada com soja, Goiás deverá colher 6,59 milhões de toneladas. O número está 1,7% abaixo da safra obtida no ciclo anterior.
COLHEITA Os sojicultores mato-grossenses – primeiros a cultivar a nova safra do grão no Brasil – despontam na colheita, sendo que os trabalhos estão bem adiantados nas regiões norte e oeste do Estado, com destaque para Sorriso e Sapezal, que já colheram 20% da área. No sul, a colheita é tímida, até porque choveu bem durante a semana e as lavouras da região são cultivadas com variedades de ciclo mais tardio. A produtividade das primeiras lavouras está entre 50 e 52 sacas por hectare, volume considerado dentro da média histórica. Os produtores brasileiros colheram 3% da área destinada à soja na safra 2008/09, até esta sexta-feira, de acordo com os dados do primeiro levantamento de colheita da Agrural. Nessa mesma época do ano passado, os trabalhos de campo chegavam a apenas 1% da área. O Mato Grosso é o estado que mais colheu.
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O quarto levantamento de safra da AgRural mostra que a região Centro-Oeste do Brasil sofreu com o estresse hídrico nas lavouras de soja. O resultado desse fenômeno se refletiu, mais uma vez, na estimativa de produção do Mato Grosso do Sul e de Goiás, que tiveram queda de 10,9% e 1,8%, respectivamente, em relação às previsões de dezembro. A produção do Mato Grosso, por sua vez, foi ligeiramente revisada para baixo, sendo projetada em 17,282 milhões de toneladas, ante 17,284 milhões de toneladas esperadas em dezembro. 