O tempo está ajudando os produtores de soja do oeste da Bahia. Este ano, a área plantada é maior, mesmo assim os agricultores não apostam num aumento da safra. Na fazenda que fica no município de Luis Eduardo Magalhães o produtor Siegfried Epp manteve a área plantada na safra passada, que foi de 12 mil hectares. Ele disse que o atraso das chuvas no período do plantio em novembro não comprometeu o andamento da lavoura, que está em estágio de floração. “Eu avaliou que está ótima a lavoura. O clima está correndo bem. Se continuar dessa forma nós devemos ter uma colheita normal”, disse seu Siegfried. O engenheiro agrônomo Ingbert Döwich explicou que na maioria das fazendas da região as lavouras estão se desenvolvendo bem. Mas é preciso muita atenção nesse momento por causa das doenças que atacam as plantas a partir desse estágio de floração. “A ferrugem este ano entrou um pouco mais cedo. Então, já temos uma série de focos confirmados. Nós vamos ter que ter um cuidado muito grande com a ferrugem e com relação às outras doenças”, alertou o agrônomo. Esse ano, a área plantada de soja na região oeste da Bahia aumentou em relação à safra passada. Pulou de 935 mil hectares para 965 mil hectares. Mas, segundo o Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães, isso não significa aumento na produção do grão. “A tecnologia utilizada no plantio com insumos, principalmente fertilizantes, se reduziu em relação ao ano passado devido muito ao elevado custo da implantação”, disse Vanir Kolln, presidente do sindicato. A Bahia é o principal produtor de soja do Nordeste e responde por 4% da produção nacional.