O milho caiu pelo quarto pregão consecutivo e a soja teve a maior queda em mais de cinco semanas por causa da expectativa de que a chuva deve favorecer as plantações atingidas pela seca na Argentina e ajudar a manter a produção no Brasil. As lavouras argentinas, incluindo as mais secas, receberam 71 mm de chuva desde segunda-feira, acima do previsto, disse Andrew Lerner, presidente do World Weather, em Overland Park, Kansas. Outros 38,1 mm, são esperados para a próxima semana por meio de tempestades que também vão alcançar o Brasil, disse ele. Safra reduzida A safra de soja 2008/09 do Brasil será de 57,1 milhões de toneladas, abaixo das 58,5 milhões de toneladas previstas em meados de janeiro, por conta da queda da produtividade em alguns Estados, informou a consultoria Céleres. Se confirmada, a produção será 4,4% menor que a safra anterior. A Céleres e outras consultorias têm diminuído suas previsões para a safra brasileira principalmente por conta da seca nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul.
Cotações Os índices futuros do milho para entrega em maio caíram 2,3%, para US$ 3,7175 o bushel, depois de chegarem mais cedo aos US$ 3,615, o menor valor desde 15 de janeiro. O preço despencou 6,9% em janeiro, o sexto declínio em sete meses desde que alcançou recordes US$ 7,9925 no dia 27 de junho. Os índices futuros da soja negociados para maio recuaram ou 1,6%, para US$ 9,5025 o bushel em Chicago, após caírem mais cedo para US$ 9,345, o menor valor desde 26 de dezembro. Até ontem, o contrato mais ativo, que chegou a US$ 7,7625 no dia 5 de dezembro, a maior queda em 18 meses, estava em queda de 41% em relação ao recorde de US$ 16,3675 o bushel registrado no dia 3 de julho. A Argentina é a maior exportadora de ração animal e de óleo vegetal produzidos a partir da soja e o segundo maior fornecedor de milho.