O preço da soja voltou a subir ontem após quedas intercaladas durante período de pelo menos cinco semanas com a premissa de que os planos dos governos para incentivar o crescimento econômico vão reanimar a demanda por alimentos, ração animal e combustível, produzidos a partir das duas maiores plantações dos EUA (soja e milho). O Secretário do Tesouro, Timothy Geithner, disse que os Estados Unidos vão aumentar os esforços para enfrentar a recessão. Os governos ao redor do mundo estão planejando pacotes de incentivos para reanimar a economia global onerada por mais de US$ 1 trilhão em perdas ligadas à crise de crédito. O milho ensaiou uma breve recuperação de US$ 2,5 centavos, ou 0,7%, para US$ 3,6425 o bushel na Chicago Board of Trade (CBOT) no final da manhã de ontem. A alta não se sustentou e acentuou a queda de mais de 55% desde meados do ano passado, quando alcançou o recorde em junho de US$ 7,9925. Nesse período, a soja havia caído 42% em relação à sua maior alta em julho à medida que o colapso econômico reduzia a demanda. "Não se pode subestimar o dinheiro que os governos vão gastar para evitar que a recessão global se torne ainda maior", disse Don Rose, presidente da U.S. Commodities Inc. em West Des Moines (Iowa). "Não sei se a mudança será real ou somente um estímulo psicológico temporário". Os índices futuros da soja para entrega em março subiram 0,37% ou 3,5 pontos, para US$ 9,53 o bushel em Chicago depois de cair anteontem para US$ 9,50, o menor valor desde 26 de dezembro. Os preços do trigo também não resistiram a onda de otimismo nos mercados. Caíram pelo quinto dia sucessivo, para US$ 5,55 o bushel, recuo de 10,25 pontos sobre o dia anterior.