Demanda menor. Os preços futuros do algodão fechou em queda ontem, na bolsa de Nova York, pressionados por notícias de menor demanda global por conta da desaceleração da economia, segundo analistas ouvidos pela agência Bloomberg. Os contratos para maio encerraram o dia a 46,99 centavos de dólar por libra-peso, com recuo de 96 pontos. A demanda global deverá cair 8,2%, para 112,6 milhões de fardos, na safra encerrada no dia 31 de julho, segundo previsões do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). No mercado paulista, o algodão fechou a R$ 1,1567 a libra-peso, com recuo de 0,2%, segundo o índice Cepea/Esalq. A fraca demanda das indústrias têxteis nacionais tem pressionado os preços da pluma no mercado interno, segundo o Cepea. Influência argentina. As cotações da soja fecharam em baixa ontem na bolsa de Chicago, sob influência direta de vendas especulativas e das recentes chuvas que caíram sobre regiões produtoras da Argentina e do Sul do Brasil. Os contratos com vencimento em março encerraram a sessão negociados a US$ 9,78 por bushel, em baixa de 16 centavos de dólar, enquanto os papéis para entrega em maio recuaram 18,25 centavos de dólar, para US$ 9,82. Temores em relação ao ritmo de desaceleração da economia ainda domaram o mercado ontem. Em Rondonópolis (MT), a saca de 60 quilos caiu para R$ 41, em média, ante R$ 41,70 na véspera, de acordo com levantamento da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato). Influência externa. Com poucas novidades sobre os fundamentos de seu próprio mercado, os negócios futuros de milho foram guiados ontem pelo fraco andamento de outras commodities. Na bolsa de Chicago, os contratos de milho com vencimento em maio fecharam em baixa de 8,50 centavos de dólar, negociados por US$ 3,7850 por bushel. Embora as notícias sobre o próprio mercado de milho tenham sido escassas ontem, os investidores permanecem atentos às condições climáticas na Argentina. Choveu no país vizinho na terça-feira, mas, para o longo prazo, há mais previsões de tempo quente e seco. No mercado doméstico, o preço da saca de 60 quilos caiu 0,88%, para R$ 22,38, segundo o indicador Esalq/BM&FBovespa. No mês, a queda acumulada é de 4,62%. Chuvas nos EUA. Os preços futuros do trigo fecharam em queda ontem, atingindo o menor patamar das duas últimas semanas, após a incidência de chuvas nas regiões produtoras americanas, o que pode beneficiar as lavouras. Os EUA são os maiores exportadores globais. Na bolsa de Chicago, os contratos para maio encerraram o dia US$ 5,56 o bushel, com recuo de 13 centavos. Na bolsa de Kansas, os contratos para maio fecharam a US$ 5,88 o bushel, com baixa de 11,75 centavos. Na China, as chuvas também estão favorecendo as lavouras locais. Os chineses deverão produzir cerca de 113 milhões de toneladas de trigo nesta temporada, de acordo com o USDA (Departamento de Agricultura dos EUA). No Paraná, a saca de 60 quilos do cereal encerrou a R$ 29,25, segundo o Deral.