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Soja - Preço da soja anima Expodireto
Data: 17/02/2009
 
Evento que se realiza em março deve registrar vendas de R$ 300 milhõesA exposição relativamente baixa das lavouras gaúchas à estiagem que, na Argentina já provocou perda de 20% da safra de soja, é uma das razões para o otimismo do presidente da Cotrijal, Nei Cesar Mânica, em relação à décima edição da Expodireto Cotrijal.
Mesmo com a crise internacional, o faturamento dos 315 expositores deve ser o mesmo do ano passado. Um dos principais eventos brasileiros de agronegócio, a Expodireto Cotrijal 2009 deve movimentar R$ 300 milhões em vendas de equipamentos e máquinas agrícolas entre os dias 16 e 20 de março em Não-Me-Toque.
O evento, lançado oficialmente ontem à noite na Capital com presenças do secretário da Agricultura, João Carlos Machado, e do presidente da Assembleia, Ivar Pavan, terá um caráter internacional este ano: as rodadas de negócios contarão com representantes de 35 países. O carro-chefe das vendas deverá ser o trator de menor porte.
– Com certeza, as pequenas máquinas e implementos, beneficiadas pelo programa Mais Alimentos, que dá crédito até R$ 120 mil, vão alavancar as vendas – disse Mânica.
O otimismo do dirigente está embasado em conversas com produtores e na avaliação de que a estiagem ainda não provocou quebra na lavoura de soja no Estado. Mas o fator decisivo será a chegada de chuvas para evitar a situação constatada pelo grupo de gaúchos que fez uma visita técnica à Argentina e descreveu, durante o lançamento da Expodireto, um quadro de perdas bem mais sérias.
– A Argentina terá perda irreversível de 20% da safra de soja com a seca. Na soma geral de grãos, a safra deve chegar a 71 milhões de toneladas, uma queda de 25% – detalhou o diretor da Brasoja, Antônio Sartori.
Para os brasileiros, esse quadro é favorável, diz Sartori, porque a redução da quantidade do produto no mercado – Argentina e China sofrem com a seca – está aumentando o preço da saca. No início de dezembro, o bushel de soja (27,21 quilos) estava abaixo de US$ 8 na Bolsa de Chicago, mas bateu os US$ 10,50 no final de janeiro: ganho superior a 30% em dólar.

Fonte: Zero Hora
 
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