A cotação da soja atingiu o pior nível em oito semanas em meio às especulações de que a desaceleração da economia mundial afetará a demanda de alimentos, ração animal e biocombustíveis. O bushel do grão recuou 2% e fechou a quarta-feira abaixo da barreira dos US$ 9, a US$ 8,865. A oleaginosa caiu a níveis inferiores aos registrados em dezembro, quando no dia 22 foi cotada a US$ 8,9 o bushel. O milho não reagiu à estimativa de quebra de 43% em virtude da seca alardeada pelo governo argentino. De acordo com a Secretaria da Agricultura da Argentina, o segundo maior exportador do cereal deve colher entre 12,5 e 13,1 milhões de toneladas em 2009, a menor safra dos últimos 13 anos. No ano passado os produtores argentinos colheram cerca de 22 milhões de toneladas do grão. Os contratos de março do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) não registraram variação. Estabilidade justificada pela retenção por parte dos produtores da produção colhida na última safra. Os contratos de maio do cereal caíram um ponto no pregão. "Os agricultores vão manter a produção agrícola estocada e esperar por uma recuperação advinda do plantio de primavera (abril-junho)", disse Robert Utterback, principal executivo da Utterback Marketing Services em Lafayette, Indiana. Alan Greenspan, ex-presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) defendeu que o governo federal americano está fazendo pouco para recuperar o sistema financeiro depois que o presidente Barack Obama ter assinado na semana passada um pacote de estímulo econômico de US$ 787 bilhões. A soja já recuou 46% desde o recorde alcançado em julho e o milho caiu 56% desde junho, quando também registrou uma alta recorde.