Agricultores argentinos anunciaram, ontem, nova greve de cinco dias em protesto contra a política agrária da presidente Cristina Kirchner. Encontro com a ministra de Produção, Debora Giorgi, foi marcado para a terça-feira na tentativa de evitar o locaute, mas a estratégia não teve sucesso. 'Sim, nós aceitamos nos reunir na terça-feira, mas mantemos o direito de protestar', disse Eduardo Buzzi, líder da Federação Agrária da Argentina. O presidente da Confederação Rural, Mário Llambias, afirmou que os fazendeiros concordaram em não comercializar grãos e carnes a partir de hoje até o encontro. Os produtores reclamam da carga tributária e das políticas voltadas para proteger os consumidores locais da alta dos preços internacionais. Com o plantio da soja, a renda fiscal gerada por tributos sobre as exportações chegou a 8 bilhões de dólares em 2008. Os agricultores querem que os impostos sejam zerados. 'Eles precisam entender que esse dinheiro é usado para pavimentar as estradas produtivas, manter o câmbio competitivo e subsidiar combustível e energia para as indústrias', afirmou Cristina, que recusou a redução de impostos para o setor.