Registro - Fetag busca soluções à falta de renda no campo
Data:
25/02/2009
Quando muitas pessoas ainda estiverem voltando do feriado, representantes das 23 regionais da Fetag estarão reunidos hoje em Santo Ângelo. Eles darão início a debates para solucionar problemas que afetam a renda nas propriedades e dificuldades em decorrência da estiagem. Revisão de zoneamento, políticas para mudar o perfil produtivo e acesso a crédito de fundos constitucionais estão entre as opções em análise, adianta o presidente da Fetag, Elton Weber. O debate será ampliado pela Contag em regiões como o Oeste catarinense, que sofre com a seca tanto quanto os gaúchos. O reflexo a longo prazo da exclusão do Proagro de produtores com perdas superiores a 30% em três anos consecutivos é outro ponto. O diretor de financiamento e proteção da produção da Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, João Guadagnin, diz que, nos estados do Sul, 35 mil produtores perderam a cobertura, sendo 20 mil gaúchos, 5 mil catarinenses e 10 mil paranaenses, 90% no milho. Com as constantes secas, o número tende a se multiplicar, alerta Weber. Para Guadagnin, é preciso rever o modelo. 'Os produtores dizem que querem continuar a produzir, pois precisam alimentar a família e os animais. Se de quatro safras já perderam três, não colhem milho, mas Proagro.' Muitos agricultores não conseguiram entregar o comunicado de perda. Os bancos aceitam o documento apenas com a nota de compra de insumos, atendendo novas regras, explica o gerente de mercado agronegócio do Banco do Brasil, José Kochhann Sobrinho. O diretor de crédito do Banrisul, Urbano Schmitt, informa que 7 mil operações na instituição contam com o Proagro e que foram recebidos 591 pedidos de cobertura até agora.