Com perspectiva de mercado favorável, os gaúchos iniciam hoje a 19ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, em Cachoeirinha. A projeção considera consumo estável, estoque ajustado e tendência de safra nacional menor em função do clima em Santa Catarina. Neste cenário, a preocupação atual é evitar queda brusca no preço com a colheita. Além dos R$ 500 milhões para operações de EGF já nos bancos, o presidente da Federarroz, Renato Rocha, cobra mecanismos adicionais. Ele espera que o governo federal apresente no evento uma proposta de contratos de opção com preço que balize o mercado. O pleito é de R$ 500 milhões. 'Se o mercado cair muito abaixo do custo de R$ 33,00 teremos problemas.' O presidente da Comissão do Arroz da Farsul, Francisco Schardong, recomenda que o produtor não venda o grão e espere pelo anúncio da União. O evento deve receber 5 mil pessoas e terá seu ponto alto no sábado, quando a colheita, que já chegou a 5,4% da área no RS, será aberta simbolicamente. O RS é o maior produtor do cereal no país, com 61% da safra. Segundo o Irga, a colheita estadual é de 8,1 milhões de toneladas, considerando produtividade de 7,4 mil t em 1,1 milhão de hectares. Como o rendimento deve cair com o avanço da colheita, a previsão mais realista é de 7,6 milhões de t, estima o chefe de Seção de Política Setorial do Irga, Victor Kayser.