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Feijão - Agricultores apostam no cultivo da safrinha de feijão
Data: 09/03/2009
 
Os produtores de feijão-preto de Arroio do Tigre e de toda a região Centro-Serra realizaram o plantio recorde dos últimos 15 anos para a safrinha, também conhecida como segunda safra. A aposta no cultivo ocorreu impulsionado pelo preço de venda durante a colheita da safra normal. O valor pago ao agricultor entre dezembro e janeiro chegou a R$ 150,00 pelo saco de 60 quilos. A cotação para a comercialização baixou em fevereiro e agora circula na faixa de R$ 90,00 a R$ 95,00.
A área de plantio em Arroio do Tigre deverá ficar próxima de 1 mil hectares, enquanto no ano passado foi de 800. O consultor técnico em agricultura e pecuária, José Francisco Telöken, calcula que em toda a região Centro-Serra a cultura ocupa 2 mil hectares. “Todos plantaram um pouco. E tinha gente ainda querendo fazer o plantio depois do final de fevereiro”, diz.
Apesar do valor de mercado abaixo de R$ 100,00 pelo saco nos últimos dez dias, Telöken acredita que o preço irá reagir novamente durante a colheita, em abril. Observa que a atual queda tem relação com a época do ano, com pouco consumo devido às férias. O técnico afirma que o preço pago ao produtor, de R$ 110,00 a R$ 120,00, é justo e agrada ao plantador. O mínimo estipulado pelo governo federal é R$ 82,00. O preço para o consumidor final varia de R$ 3,50 a R$ 4,00 o quilo, mantendo-se praticamente estável.
A cultura apresenta bom desenvolvimento vegetativo em função das constantes chuvas no último mês. Telöken prevê que a produtividade deverá atingir a média de 1 mil quilos por hectare caso as condições climáticas permaneçam favoráveis, com umidade suficiente, calor e controle de pragas. Mas ressalta que há produtores que plantam com tecnologia melhor e que irão colher mais.
O técnico afirma que as lavouras estão mais bonitas que na última safra normal, que apresentou quebra de 40% em função da falta de umidade. A área com feijão nos nove municípios da microrregião Centro-Serra chegou a 4 mil hectares. Destes, 2,2 mil hectares foram cultivados em Arroio do Tigre, o segundo maior produtor no Estado.

Fonte: Gazeta do Sul



 
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