Trigo - CMN aprova reajuste do trigo e prazo para dívidas
Data:
27/03/2009
Jornada avalia impacto dos novos valores do cereal na safra da Metade Sul O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, ontem, a decisão do governo federal de promover reajustes diferenciados de acordo com a classificação do trigo. O presidente da Fecoagro, Rui Polidoro Pinto, criticou a medida. 'Para o RS, será um desastre, porque vai reduzir a área. Já tem produtor devolvendo semente às cooperativas.' O tema deverá ser tratado durante a 2ª Jornada do Trigo na Metade Sul do RS, que acontece hoje em Lavras do Sul. Serão divulgados resultados do ensaio de cultivares realizados pelo agrônomo da Granello Sementes Gerson Herter. Os preços mínimos de outras culturas de inverno foram reajustados, como a aveia, que aumentou 10,1%. O CMN também aprovou a elevação do limite de crédito por mutuário para custeio do trigo, de R$ 550 mil para R$ 600 mil para lavoura irrigada, e de R$ 400 mil para R$ 450 mil na não irrigada. Ainda foi autorizada a ampliação dos prazos de renegociação e pagamento de dívidas rurais para produtores que aderiram até 12 de dezembro de 2008 ao processo de reestruturação, conforme a lei 11.775, de 2008. Os mutuários poderão renegociar débitos e efetuar pagamentos até 15 de maio para três tipos de financiamento: operações de investimento contratadas até 30 de junho de 2007, com recursos BNDES e equalizadas pelo Tesouro Nacional ou lastreada com recursos do Finame Agrícola Especial; operações de custeio ou investimento lastreadas com recursos dos Fundos Constitucionais e operações contratadas pela Linha Especial de Crédito FAT Integrar e reclassificadas para o Fundo Constitucional do Centro-Oeste. Também foi prorrogado para o mês de junho de 2010 a ampliação do percentual de recursos da poupança rural e dos depósitos à vista direcionado ao financiamento agrícolas. As instituições financeiras continuarão a aplicar 30% dos depósitos à vista e 70% da poupança rural no crédito para o setor. A partir de 2010, os percentuais serão reduzidos em um ponto por ano até chegarem a 25% e 65%, respectivamente.