Os contratos de trigo para julho fecharam em baixa de 1,33%, cotados a 520,00 centavos de dólar por bushel, na Bolsa de Chicago (CBOT). Os preços caíram depois que as chuvas e a neve melhoraram as condições do solo do Great Plains dos Estados Unidos (região central do país). De acordo com o analista da Safras&Mercado, Élcio Bento, o cereal acompanhou o comportamento de baixa nas commodities agrícolas e do petróleo. Há duas semanas, com a alta do petróleo e a desvalorização do dólar em relação às principais moedas internacionais, o trigo, mesmo sem um suporte fundamental, se recuperou: no dia 11 de março, valia 498 centavos de dólar e foi para 555 no dia 23. "Sem suporte fundamental, e contando com o comportamento favorável do clima nos EUA, os agentes passaram a realizar lucros derrubando o bushel na sexta-feira", analisa. Segundo Bento, a tendência é que o mercado continue sendo ditado por fatores técnicos, "enquanto aguarda números mais concretos da safra nova que sinalizem, ou não, uma mudança fundamental", conclui. Os contratos de milho para julho fecharam em baixa de 0,93% na CBOT, cotados a 397,50 centavos de dólar por bushel. Na Bovespa, os contratos para maio encerraram negociados a R$ 22,55 a saca de 60 quilos. Os preços caíram, pela quarta vez em cinco dias, com o recuo do custo da energia, o que sinaliza menor demanda pelo etanol de milho dos EUA. Os contratos de soja com vencimento em julho encerraram em baixa de 2,68% na Bolsa de Chicago, cotados a 915,25 centavos de dólar por bushel. Os preços caíram, assim como os do milho, com o declínio do custo da energia, o que sinaliza menor demanda por biocombustível dos EUA. Porém, na Argentina, a bolsa de cereais de Buenos Aires (Bolsa de Cereales) cortou a previsão para a colheita de soja e milho na safra deste ano. A estimativa é de uma colheita de 41,2 milhões de toneladas métricas, ante a expectativa de 42,5 milhões de toneladas, segundo a previsão anterior.