Os agricultores que plantaram milho na região central do Paraná estão preocupados com o preço do cereal. A estiagem reduziu a safra e quem pode, segura o produto à espera de uma reação do mercado. A produção da safra principal de milho que ainda está sendo colhida no sul do Paraná deve render seis milhões de toneladas. Mas o número não é positivo se comparado ao rendimento da última safra de verão, quando foram quase dez milhões de toneladas. A redução foi provocada pela estiagem, que prejudicou o desenvolvimento da planta na fase em que ela mais precisava de água. Foi o que aconteceu na propriedade do agricultor Ricardo Bouwman, em Tibagi. “Atrapalhou bastante. Acho que nos últimos dez anos não tivemos uma quebra tão grande de produção de milho”, disse. Em outras regiões os agricultores chegaram a perder a metade do que foi plantado. Além de colher menos, os produtores estão pegando pela saca um preço menor que no ano passado. O milho que chega à cooperativa em Carambeí, região dos Campos Gerais, aos poucos é negociado. “A compra está ocorrendo, mas em volume inferior ao ano passado. Então, isso faz com que a produção fique retida nos armazéns da cooperativa na expectativa de que algum fator diferente venha acontecer para que ele possa vender numa condição um pouco melhor”, disse Antonio Campos, gerente da cooperativa. No Paraná, a saca de 60 quilos de milho é vendida por R$ 16,50. No mesmo período do ano passado, valia R$ 20,00.
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Os agricultores que plantaram milho na região central do Paraná estão preocupados com o preço do cereal. A estiagem reduziu a safra e quem pode, segura o produto à espera de uma reação do mercado.