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Porto Alegre, quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
 
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Milho - Produtividade 16,6% superior à do convencional
Data: 03/04/2009
 
Menos defensivos e mais milho por hectare. Esse foi o balanço dos produtores da região de Tupanciretã/RS para a primeira colheita de milho transgênico no Brasil realizada a partir de 20 de março.
Os primeiros resultados vieram de campo experimental da Fazenda Tarumã, no município de Jóia, a 440 quilômetros de Porto Alegre, e surpreenderam positivamente os milhocultores.
De acordo com o gerente da Tarumã, José Domingos Lemos Teixeira, os quatro híbridos com o gene modificado (AG 9020 Bt, AG 8015 Bt, AG 8011 Bt e AS 1551 Bt) que contavam com seus correspondentes convencionais (AG 9020, AG 8015, AG 8011 e AS 1551) apresentaram produtividade em média 16,6% superior a essas últimas. No campo experimental de milho da fazenda, foram plantados 27 híbridos de milho convencional e cinco de milho transgênico em uma área de 3,5 hectares.
"Mesmo que a produtividade seja a mesma, o produtor já sai ganhando, devido à redução no número de aplicações de defensivos e à consequente vantagem ambiental. Além do custo relativamente alto, os agroquímicos utilizados para combater a lagarta-do-cartucho são muito agressivos ao meio ambiente", aponta Almir Rebelo, presidente do Clube Amigos da Terra (CAT) de Tupanciretã e um dos pioneiros no uso de sementes transgênicas na região. Ele ainda lembra que a agricultura convencional já utiliza inseticidas a base de Bt há mais de 50 anos. "Já sabemos que não é prejudicial ao homem, aos animais ou ao meio ambiente".
José Domingos conta que o milho Bt demandou apenas uma aplicação, preventiva, de defensivos, enquanto os convencionais necessitaram de três aplicações, curativas. "Graças a isso, os custos caíram 4%", afirma. O produtor antecipa que pretende aumentar o uso de milho transgênico nas próximas safras. "Devemos plantar 90% da área, de 540 hectares, com o milho BT já na safra 2009/2010. Isso deve garantir cerca de R$ 300 a mais por hectare".
Empolgado com o milho transgênico, Almir Rebelo prevê que a biotecnologia deve estar presente em mais de 90% das lavouras de milho gaúchas em apenas alguns anos. "A biotecnologia veio para ficar", garante. Sobre o campo experimental da Fazenda Tarumã, o gerente José Domingos se orgulha: "É importante podermos contribuir para o desenvolvimento do agronegócio".

Fonte: elona Soluções Corporativas
 
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