Soja - Próxima safra de soja já preocupa produtor da região Sul de MT
Data:
06/04/2009
Mal a safra de soja 2008/2009 terminou de ser colhida em solo mato-grossense e os produtores da oleaginosa já estão de olho na safra 2009/2010, que ainda começa a ser plantada em outubro. A preocupação é com as consequências do cenário financeiro mundial, que vem sinalizando falta de crédito desde o fim do ano passado. Sem crédito no mercado, a viabilidade da próxima safra fica comprometida. Para alívio da maioria dos produtores do Estado, ao menos na safra de soja que encerra agora, a crise não chegou a deixar rastros negativos. O superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Seneri Kernbeis Paludo, avalia que, nesta safra, os produtores de soja voltaram a ter rentabilidade, tendo em vista o câmbio favorável à atividade, ampliando a receita. Quando iniciou o plantio, o dólar girava entre R$ 1,60/R$ 1,70 e atualmente gira entre R$ 2,20/R$ 2,30. Mesmo assim, para prognóstico da próxima safra, o especialista alerta que “ainda tem muita água para passar debaixo da ponte”. A atual safra de soja, conforme dados do Imea, aponta cerca de 91% da área de soja com a colheita já concretizada em Mato Grosso. Para tranquilidade da maioria, Seneri informou que, de modo geral, a colheita no Estado vem ocorrendo dentro da normalidade. Algumas regiões, no entanto, a exemplo do Parecis e do Oeste, têm observando que o excesso de chuva tem ocasionado grãos ardidos, com redução de produtividade, mas não havendo ainda como quantificar essa perda. Na região de Rondonópolis, considerada pelo Imea como a Sudeste, a constatação é que as chuvas não têm dificultado a colheita. Contudo, o superintendente do Imea observa que o veranico – estiagem associada de período de forte sol – causou em algumas regiões, a exemplo de Itiquira, perdas de produtividade um pouco maiores. Apesar desses pequenos imprevistos, Seneri disse que a produtividade estadual de soja tem ficado dentro do esperado, ao redor das 50 sacas/hectare. Em relação ao total de comercialização da safra 2008/2009, os dados do Imea mostram que haviam chegado a 57,4% no dia 19 de março deste ano. Esse percentual, segundo Seneri Paludo, está bem abaixo do índice verificado no mesmo período do ano passado, quando a comercialização foi muito acelerada. Para essa safra, uma das razões que vem atrapalhando nos negócios é a falta de crédito.
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Mal a safra de soja 2008/2009 terminou de ser colhida em solo mato-grossense e os produtores da oleaginosa já estão de olho na safra 2009/2010, que ainda começa a ser plantada em outubro. A preocupação é com as consequências do cenário financeiro mundial, que vem sinalizando falta de crédito desde o fim do ano passado. Sem crédito no mercado, a viabilidade da próxima safra fica comprometida. Para alívio da maioria dos produtores do Estado, ao menos na safra de soja que encerra agora, a crise não chegou a deixar rastros negativos. 