O clima e a boa distribuição das chuvas nas regiões produtoras do País nos últimos meses são os principais responsáveis pelo crescimento da safra atual de grãos, projetada agora pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 137,57 milhões de toneladas, crescimento de 1,7% ante a estimativa do mês passado de 135,32 milhões toneladas. Os números serão divulgados nesta terça-feira (7) pelo secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Silas Brasileiro, e pelo presidente da Conab, Wagner Rossi. O ciclo agrícola 2008/2009 continua como o segundo melhor resultado da história do País, perdendo apenas para a colheita do período passado, de 144,13 milhões toneladas. Uma das culturas com maior incremento desta edição é o milho, que saiu de 50,37 milhões toneladas em fevereiro para 51,91 milhões toneladas em março (+3,06%). A soja e o arroz também tiveram a produção reajustada para cima: a oleaginosa de 57,63 para 58,14 milhões toneladas, e o cereal de 12,52 mil para 12,67 milhões toneladas. Mas, percentualmente, é o feijão que segue como a lavoura de maior destaque. Enquanto outras culturas registram retração em relação ao ciclo passado, a leguminosa apresenta aumento de 8,2%. As três safras (das águas, da seca e de inverno) neste ano devem chegar a 3,81 milhões de toneladas, a maior já alcançada no País. Mais de 65% dos grãos da safra de verão no Centro-Sul já foram colhidos, como milho, feijão, arroz e soja. O plantio da segunda safra nestas regiões está concluído. A exceção é o Nordeste, onde segue até maio.
Trigo A pesquisa trouxe, também, os primeiros números do trigo para o período 2009/2010. Se confirmado, o Brasil vai colher 13,1% menos que o de 2008/2009, saindo de 6,02 para 5,23 milhões toneladas. Na região Sul, principal polo produtor, responsável por mais de 90% do cultivo, a colheita deve encolher 14,4%. Já no Sudeste e no Centro-Oeste, o cereal crescerá, respectivamente, 4,4% e 1,1%. Para realizar a pesquisa, cerca de 70 técnicos da Conab estiveram em campo entre os dias 16 e 20 de março. Foram entrevistados produtores rurais, agrônomos e técnicos de cooperativas, secretarias de agricultura, órgãos de assistência técnica e extensão rural e agentes financeiros dos principais municípios produtores do país.