Soja - Contratos da soja de longo prazo voltam a perder mais valor em Chicago
Data:
07/04/2009
Favorecidos pelo melhor humor no mercado financeiro global, os contratos de maio e julho de 2009 para a soja em Chicago chegaram a superar ligeiramente a barreira de US$10/bushel nesta segunda-feira. Esta reação continua suportada na primeira projeção oficial do USDA para o plantio norte-americano, indicando um irrisório crescimento de 0,4%. Mas o dia acabou sendo de realização de lucros, após a forte alta no final da semana passada. O contrato de maio de 2009 fechou o pregão a US$ 9,94/bushel, mas com uma insignificante queda de 0,1%. Já o contrato de novembro de 2009 fechou a US$ 9,12/bushel, com uma queda maior de 1,2%. Com isso, o deságio de maio de 2009 a novembro de 2009 aumentou para 8%. O crescimento de plantio poderá ser irrisório nos EUA, mas ainda assim sob uma amplitude recorde, o que vai pressionando os contratos de longo prazo em Chicago. Deste modo, o risco de preços para o segundo semestre ao mercado brasileiro permanece elevado, caso obviamente o clima neste ano contribua para uma boa colheita a partir de setembro nos EUA. De qualquer maneira, os preços são extremamente firmes em Chicago. Novos números relativos à safra argentina indicam a possibilidade de uma colheita local limitada a 40 milhões tonelada. De outro lado, em boa parte da região Centro-Sul do Brasil as chuvas continuam prejudicando bastante o avanço das colheitas. Porém, apesar de continuamente positivos, os prêmios de exportação no Brasil perderam força. Nesta segunda-feira o contrato de maio de 2009 na BM&F oscilou a US$ 22,35 a saca (Paranaguá), absorvendo um prêmio de cerca de US$ 7 por tonelada sobre Chicago, após superar US$ 10 por tonelada nos últimos dias de março. Em Paranaguá a soja disponível é firmemente indicada a R$ 49 a saca. Em Goiás não houve alteração de preços neste início de semana, com o grão oscilando mais comumente entre R$ 40 a R$ 42 a saca (bruto). Apesar da alta externa nos últimos dias, o movimento contrário do câmbio doméstico permanece limitando os reajustes de preços às regiões produtoras. Os reajustes acabam ficando mais difícil com a referida tendência de queda nos prêmios de exportação, frente ao aumento das ofertas sul-americanas.