Os contratos de soja com vencimento em julho encerraram em alta de 1,34% na Bolsa de Chicago (CBOT) e voltaram a registrar cotação superior a US$ 10, 1.001,25 centavos de dólar o bushel. Na BM&F Bovespa, a saca a ser entregue em maio fechou o pregão negociada a US$ 22,70. Os preços subiram com a sinalização de que o aumento das exportações e o crescimento da demanda pela soja dos Estados Unidos por parte dos produtores de ração rebaixem os estoques do país ao menor nível em cinco anos. O Departamento de Agricultura dos EUA deve anunciar hoje queda na estimativa da safra da oleaginosa, após a seca prejudicar as plantações do Brasil e Argentina, os dois maiores produtores atrás apenas dos EUA. "A valorização de 1,3% indica que os especuladores se posicionaram na expectativa do relatório americano. Foram essas compras especulativas, aliadas à alta do petróleo que determinaram o preço final da soja", avalia a consultoria Safras&Mercado. Os contratos de trigo para julho fecharam em baixa de 1,45%, cotados a 543,75 centavos de dólar por bushel, na CBOT. Os preços caíram pelo terceiro dia com a especulação de que o clima quente e a chuva no Great Plains dos EUA (região central do país) vai equilibrar o desenvolvimento da safra depois da queda da temperatura nos últimos dois dias. O analista Élcio Bento, da Safras&Mercado, pondera que no caso do cereal, "os vendedores ainda têm mais força em relação aos compradores e, em véspera de relatório Usda, os especuladores realizaram lucros, o que resultou na nova retração", avalia. Para Bento, a safra mundial 2008/09 de trigo já está consolidada como um recorde histórico de produção, acentuado por um estoque final de 30 milhões de toneladas. "E com a expectativa de um número mais folgado entre oferta e demanda os especuladores realizaram seus lucros", acredita o analista. Os contratos de milho para julho fecharam em alta de 0,06% na CBOT, cotados a 406,75 centavos de dólar o bushel. Na BM&F Bovespa, os contratos para maio encerraram negociados a R$ 22,10 a saca de 60 quilos. Os preços subiram depois que as chuvas fortes atrasaram a plantação no Centro Oeste dos Estados Unidos, forçando alguns produtores a plantar soja.