Arroz - Exportações de arroz crescem no primeiro trimestre de 2009
Data:
09/04/2009
Crescimento foi de quase 50% em relação ao mesmo período de 2008 As vendas externas de arroz totalizaram 70,4 mil toneladas no mês de março, um crescimento de 30% sobre igual período do ano anterior. O Rio Grande do Sul contribuiu com 88% das operações. Do volume exportado, no mês, 91% correspondeu ao arroz beneficiado. Para o assessor de Mercado do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Marco Tavares, o perfil do produto exportado, concentrado em arroz industrializado, que agrega valor, contribuiu para que, no primeiro trimestre de 2009, o faturamento, apresentasse crescimento de 111% sobre as exportações do mesmo período do ano anterior, alcançando U$ 58, milhões. Os principais destinos das exportações foram: Benin: 29,8 mil toneladas e África do Sul: 16,1 mil toneladas e com destaque para a inclusão de um novo cliente no portfólio de clientes do cereal brasileiro, Camarões com 9,2 mil toneladas, que identifica a importância da diversificação de mercados. No primeiro trimestre de 2009 (ano comercial), as exportações atingiram, em volume, 173 mil toneladas, base casca. O dado representa um crescimento de quase 50% sobre o mesmo período do ano anterior. “As vendas externas continuam fluindo em 2009”, destaca Tavares. O fato contribui, decisivamente, para o fortalecimento dos preços internos, “atualmente estabilizados em plena safra e com boas possibilidades de recuperação nas próximas semanas”, juntamente com a farta disponibilidade de recursos para o carregamento dos estoques(EGF) e a implantação do programa de leilões de opções públicas a partir da próxima semana”, analisa. As importações em março alcançaram 74,5 mil toneladas. O volume ultrapassou as exportações, com incremento de 35% sobre o mês anterior. Nesse trimestre, as importações alcançaram 230 mil toneladas. Segundo Tavares, a projeção da Conab é de 500 mil toneladas para as exportações e 950 mil toneladas, mas o desempenho do primeiro trimestre permite projetar possíveis alterações nestes números, reduzindo os estoques finais projetados em 1,250 milhão de toneladas, “e que muito vai depender dos preços do mercado internacional e do câmbio ao longo do ano safra”, observa. Em 2008, as exportações alcançaram 790 mil toneladas, enquanto as importações foram de apenas 590 mil toneladas.