Apesar do ritmo mais intenso empregado pelos produtores, o processo como um todo continua em defasagem em relação à média de anos anteriores. Entre as culturas em fase de colheita, a soja foi a que mostrou maior incremento na área colhida durante a semana, com o percentual pulando 17 pontos, durante o período, e alcançando um total de 26% da área, segundo o levantamento da Emater/RS-Ascar. Para as lavouras ainda em fase de enchimento de grãos, o período não foi nada favorável, com muitas apresentando cada vez mais sinais de diminuição no potencial produtivo por má formação da vagem. A colheita de arroz segue em ritmo acelerado, com os arrozeiros aproveitando as condições de tempo seco nas principais regiões produtoras. As eventuais chuvas ocorridas não foram suficientes para diminuir a intensidade dos trabalhos, fazendo com que a colheita avançasse no mesmo ritmo sobre 65% da área durante a semana. A maturação também segue acelerada e os rendimentos obtidos seguem em patamar bastante elevado, situando-se, em muitos casos, acima dos 7 mil kg/ha. A colheita da 2ª safra de feijão avançou mais cinco pontos percentuais no Estado, mas com os agricultores realizando-a com mais lentidão, em decorrência do clima e dos preços praticados nas últimas semanas. As atuais condições da lavoura da safrinha mostram que grande parte da área plantada encontra-se nas fases de floração e enchimento de grãos, consideradas as mais sensíveis quanto à necessidade de umidade no solo. Como as condições climáticas não vêm proporcionando precipitações regulares e gerais, algumas regiões de produção já começam a se ressentir deste fator, trazendo preocupação aos agricultores. No milho, a colheita também segue sem sobressaltos devido ao tempo seco, colocando a atual safra adiantada em relação ao ano passado, atingindo 57% da área semeada este ano. Cerca de 21% das lavouras também já se encontram maduras e esperam o melhor momento para serem colhidas. A persistência da umidade em níveis mais baixos, durante estas últimas semanas, tem trazido problemas aos produtores que semearam suas lavouras mais tardiamente e que se encontram em fase de enchimento de grãos. Estas, visivelmente, começam a apresentar sinais de má formação da espiga, o que seguramente irá se refletir em diminuição de produtividade.
Hortifruti Em geral, segue normal a colheita da safra tardia de tomate da região da Serra, alcançando os 65% da lavoura. A cultura apresenta-se com bons rendimentos e frutas de boa qualidade e aspecto, favorecidas pelas condições meteorológicas, com calor e poucas chuvas. Iniciou a colheita do caqui da variedade Fuyu, a mais cultivada na Serra, com frutas de boa qualidade e produtividade bem abaixo da média. Essa redução de rendimento foi gerada por fatores climáticos, ou seja, frio na brotação e chuvas no florescimento. A bergamota Satsuma, a primeira fruta cítrica a ser colhida no início desta safra, já apresenta um percentual colhido de 65%. Trata-se de uma variedade de bergamota sem sementes e com pouca acidez. O valor médio recebido pelos citricultores é de R$ 10,00/cx de 25 kg. Favorecida pelo clima, segue firme a colheita da safra de maçã nos Campos de Cima da Serra, com 50% já colhida. As plantas estão com boa sanidade e produtividade e as frutas com excelente aspecto, sabor e tamanho que, somando-se à qualidade da variedade Gala, fazem uma excelente safra. No município de Vacaria, o maior produtor gaúcho de maçã, o volume deverá superar as 200 mil toneladas da safra passada.
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Apesar do ritmo mais intenso empregado pelos produtores, o processo como um todo continua em defasagem em relação à média de anos anteriores. 