No primeiro leilão de contratos de opção do ano, arrozeiros gaúchos e catarinenses arremataram, ontem, a opção de venda de 68,7 mil toneladas das 100 mil toneladas disponíveis. Quem confirmar o negócio receberá, em outubro, R$ 30,35 por saca. No Rio Grande do Sul, os produtores optaram por 74,8% dos contratos (65,85 mil toneladas). O interesse inferior à oferta reflete preços diferenciados no mercado gaúcho, fato gerado principalmente pelo percentual da safra ainda em mãos do produtor, explica o presidente da Federarroz, Renato Rocha. O dirigente considerou o leilão positivo para a equalização das cotações, tendo em vista que a pesquisa da Federarroz aponta mínimo de R$ 26,00 e pico de R$ 30,00. Por isso, quanto mais baixo o valor pago pelos setores industrial e cooperativo, maior a participação no pregão. É o exemplo da região de Pelotas, cujos negócios representam, tradicionalmente, cerca de 33% do total negociado em bolsa e, ontem, foram 47%. Pelo cronograma acertado anteriormente com o setor, o segundo leilão, também de 100 mil toneladas, será em 28 de abril. O superintendente da Bolsa Brasileira de Mercadorias/Regional do Rio Grande do Sul (BBM/RS), Wilson José Riva, acredita que a demanda crescerá.