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Trigo - Trigo com qualidade em São Paulo
Data: 15/04/2009
 
Qualidade para o Trigo Parceria ensina produtor entregar a Indústria um grão de alto
Em parceria com o governo estadual e a indústria, triticultor [br]aprende como produzir o grão certo para farinha
- O Estado de São Paulo pode não produzir este ano tanto trigo quanto no ano passado, mas a qualidade do cereal colhido nos trigais tem tudo para ser sem precedente. Com a adesão de um número cada vez maior de produtores ao programa Trigo Paulista com Qualidade, os agricultores estão optando por variedades de sementes que oferecem, além da boa produtividade, padrão de grãos adequado ao interesse da indústria.
Os triticultores também adotam técnicas que garantem um produto mais uniforme, como a colheita na época correta e a secagem controlada. Com isso, além de obter um ganho extra no preço, que pode chegar a 10%, o produtor tem menor possibilidade de ver seu trigo descartado no moinho por estar fora de padrão. A cada safra, as indústrias recusam pelo menos um décimo do trigo que recebem por não apresentar qualidade para a produção de farinha.
O programa, lançado em 2008 numa parceria entre a Secretaria de Agricultura paulista, o sindicato dos moinhos paulistas (Sindustrigo) e os produtores, objetiva aperfeiçoar a cadeia produtiva no Estado. Os agricultores recebem a semente e assumem o compromisso de vender às indústrias pelo preço do dia pelo menos 50% da sua produção.
O pagamento das sementes é feito no ato da entrega da safra ao moinho na proporção de 2 quilos de grão por quilo da semente recebida. A exigência é que o trigo preencha os requisitos de qualidade. Em contrapartida, as empresas pagam um preço melhor.

VISITA
Para o produtor conhecer mais de perto a necessidade da indústria, o programa decidiu levar os agricultores aos moinhos. No início de abril, pela primeira vez triticultores puderam se reunir com a indústria da farinha. O encontro levou cerca de 60 agricultores ao moinho Anaconda, em São Paulo (SP), numa experiência que deve se repetir em outras indústrias.
Conforme o gerente geral da empresa, Glênio Nogara Mário, o moinho teve a oportunidade de mostrar na prática a diferença de aproveitamento entre um grão de variedade adequada, colhido na época certa e com bom padrão de secagem, em relação àquele que não recebeu todos os tratos. "A indústria se beneficia da melhor qualidade do trigo e pode repassar o ganho para o produtor", diz. Mário aposta no aprimoramento da relação produtor e indústria. "Será bom para todos."
Em 2008, o moinho assinou contratos para a compra de 5.500 toneladas. A expectativa para este ano é chegar a 10 mil toneladas. "Nós garantimos a compra pelo melhor preço do mercado de todo o trigo contratado." Os moinhos só têm a ganhar com o crescimento na produção de qualidade, diz. "São Paulo consome 3 milhões de toneladas e a produção não chega a 10% disso."

0,4 por cento é o que deve crescer a área plantada com trigo no Brasil nesta safra

12 por cento é o que deve crescer a safra no mundo, mesmo com a Argentina colhendo menos

5,2 milhões de toneladas É o que deve ser a colheita da safra de trigo no Brasil, conforme a CONAB

Intercâmbio com a indústria é importante
Agricultor que já era conhecido por colher um bom produto visitou o moinho e viu que dá para melhorar ainda mais
- O produtor Diogo Yoshio Oi, de Guareí, região de Itapetininga, saiu satisfeito do encontro. "A gente, como produtor, sentia que faltava essa comunicação com a indústria." Ele diz que produz trigo há sete safras e nunca havia entrado em um moinho. "Nós já vínhamos produzindo com tecnologia e material de qualidade, mas vimos que dá para melhorar mais."
Semana passada, Yoshio iniciou o plantio de 700 hectares. Ele contratou com o moinho só uma parte da produção, pois quer ter mais flexibilidade na negociação. No ano passado, em que a safra paulista foi prejudicada pela abertura da exportação do trigo americano, o produtor não teve dificuldade de venda - ele é conhecido pela qualidade do seu trigo.
Já o agricultor Adilson Sampaio Júnior, de Sorocaba, saiu com uma dúvida da visita ao moinho. "A questão é saber se o preço vai compensar o investimento maior em qualidade." No ano passado, ele contratou com o moinho a produção de 100 hectares, mas a estiagem reduziu a safra à metade."
Naquela ocasião, com o mercado abastecido pelo trigo importado, a garantia do contrato foi importante, diz. "Não tive dificuldade para vender o trigo." Mesmo assim, com o preço baixo, só cobriu o custo da safra. Júnior tem 75 hectares disponíveis , mas vai esperar até o fim do mês para decidir se planta trigo. "Se eu plantar será com contrato."
O gerente regional da Ceagesp em Tatuí, Roberto Nakashima, que atende a triticultores e moinhos, conta que, às vezes, o agricultor deixa o trigo maduro na planta por um tempo maior para reduzir custo da secagem. Se nesse período ocorre uma chuva, a umidade ativa a germinação do grão e causa perda de qualidade.

EXCESSO DE CALOR
"Um trigo aparentemente bonito já não dá boa farinha." O excesso de calor na secagem desidrata o grão e o torna mais sensível a fungos e insetos. "O ideal é secar a 100 graus de temperatura no secador, mas tem quem use 200 graus ou mais para apressar a secagem e estraga o trigo."
O agrônomo Edegar Petisco, da Secretaria de Agricultura do Estado em Itapetininga, diz que a segregação dos cultivares, ou seja, evitar a mistura entre variedades, é essencial. Como cada cultivar tem uma característica de glúten, uma porção de trigo com uma característica ruim para farinha compromete o lote. "O moinho quer receber o trigo de uma única variedade de cada vez", diz. Segundo ele, também é importante controlar as ervas daninhas que produzem sementes no trigal. "Semente de erva daninha misturada ao trigo pode passar cheiro ou acidez para o produto final."

A safra de trigo começa este mês com plantios no Paraná, Mato Grosso e São Paulo, e nas áreas irrigadas de Minas, Goiás e Distrito Federal. O mais recente levantamento da CONAB, encerrado no início de abril, mostra que ainda há indefinição sobre a área a ser plantada. Com base na venda de sementes e nos primeiros plantios, o órgão estimou crescimento de 0,8% no Paraná e de 6,9% em Minas Gerais. Nos demais Estados, a previsão é de manutenção da área plantada em 2008.

No País, a CONAB trabalha com previsão de crescimento de 0,4% no plantio, passando de 2.423.000 hectares para 2.433.900 hectares. Mas a produção deve cair 13,1%, de 6 milhões para 5,2 milhões de toneladas. Em São Paulo, ainda há dúvida se a área alcançará os mesmos 79 mil hectares da safra passada. Nas principais regiões produtoras, no Vale do Paranapanema, os agricultores esperam as chuvas para iniciar o plantio. "A terra está preparada, a semente estocada e as máquinas de prontidão, mas precisa chover", diz o produtor Ernesto Kadiama, de Capão Bonito. Mesmo em Itapeva, com plantio irrigado, a semeadura está em compasso de espera por causa do calor. O agrônomo Petisco acredita que, na região, a maior produtora de trigo do Estado, com 40 mil hectares, a área será mantida.

Embora o volume de sementes vendido pela Secretaria na região tenha se reduzido de 640 toneladas em 2008 para 300 toneladas este ano, ele leva em conta o fato de muitos agricultores terem reservado para semente, na última safra, parte do trigo colhido. "Como o preço estava baixo, muito trigo ficou estocado." Na Secretaria em Itapetininga, muitos produtores mantiveram a procura depois que a semente se esgotou.

Fonte: O Estado de São Paulo
 
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