Página Inicial
Sobre a Mercado
Histórico
Palestras
Contato
Links
Login:
Senha:
Credenciada na
 
 
Ligue:
(51) 3086-8700
Cadastro
Links Úteis
>> Pessoa Física
>> Pessoa Jurídica
>> Autorização de Corretagem na BBM
>> Envie seu Curriculum
Porto Alegre, quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
 
Notícias
Voltar para Página Anterior Pesquisar Notícias Imprimir esta Notícia
:: Acompanhe as notícias do mercado de cereais
 
Trigo - Estado deve plantar 9,2% mais trigo
Data: 22/04/2009
 
Paraná deve plantar 9,2% mais trigo neste ano, mostra pesquisa realizada junto às cooperativas do estado pelo Caminhos do Campo na última semana. As oito cooperativas consultadas plantaram 45% dos 1,15 mil hectares dedicados à cultura no estado ano passado. E suas lavouras devem crescer de 510 mil para 557 mil hectares nesta safra.
Se a tendência for seguida, o trigo cresce de 1,15 para 1,26 milhão de hectares no estado, o maior potencial produtivo da história. Mesmo que a produtividade caia à média dos últimos anos de 2,64 toneladas/ha – no ano passado o estado atingiu 2,82 t/ha conforme o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria Estadual da Agricultura (Seab) – será possível colher 3,32 milhões de toneladas. São 20 mil a mais que o recorde de 1987/88.
O salto é garantido pela produtividade, que tem aumentado ano após ano – no Paraná, passou de 1,7 para 2,8 t/ha na última década. A área cultivada, na verdade, diminuiu, e o consumo aumentou. Assim, o avanço no Paraná, que é responsável por 53% da produção nacional, deve ajudar a reduzir a dependência externa, mas o país continuará vulnerável.
A meta do governo é evitar desabastecimento e reduzir as importações. Diante de previsões de que o cultivo nacional e paranaense poderia inclusive cair, os preços mínimos foram reajustados entre 5% e 15%, para até R$ 555 a tonelada. Além disso, a União vai pagar 70% do seguro e o governo do estado outros 15%. O produtor fica responsável por 15% do custo para assegurar o pagamento dos financiamentos. Os incentivos tentaram levar o campo a uma mudança de planos, que acabou ocorrendo.
As importações esbarram neste ano na queda da produção na Argentina, que esperava colher 16 milhões de toneladas mas colheu a metade. O país fornece mais de 50% do trigo importando pelo Brasil. Por outro lado, os estoques internacionais cresceram 29% no último ano (para 158 milhões de toneladas), mas não podem ser considerados folgados, uma vez que estão 24% abaixo dos registrados no final da década de 90. Os moinhos já reivindicam suspensão da Tarifa Externa Comum (TEC) de 10% cobrada para compras de fora do Mercosul.
Este cenário estimulou o produtor a ampliar a área do trigo. “O incremento é justificado pelas incertezas do mercado de milho (que tem estoque interno elevado e tendência de queda de preços) e a ‘firmeza’ do mercado do trigo”, avalia agrônomo Vitor Hugo Zenella, da Cooperativa Agroindustrial Lar, com sede em Medianeira (Oeste).
A Lar prevê expansão de 50% nas lavouras de trigo, a maior entre as oito cooperativas consultadas. A ampliação deve ser de 20 mil para 30 mil hectares. A região de Medianeira é tradicional produtora de milho safrinha e, normalmente, planta trigo dentro do sistema de rotação de culturas.
A cooperativa que mais produz trigo no estado, a Coamo, com sede em Campo Mourão (Centro-Oeste), prevê aumento na área de trigo de 275 mil para 298 mil hectares (8,4%). Antonio Carlos Ostrowski, da Gerência Técnica, pondera que o número ainda pode ter variação. “Temos seis épocas de plantio dentro da área de ação da Coamo, de março a julho. Há regiões que ainda não definiram sua área, podendo ter algum aumento.” O cereal tende a ocupar área da aveia preta, relata.
Clima decide pelo produtor
A decisão de plantar mais trigo não se deve apenas ao mercado ou aos incentivos do governo. Até porque, o produtor está acostumado a ver as cotações despencarem na época da colheita e precisa preparar armazéns para não sair no prejuízo. O próprio clima, desfavorável ao milho, forçou a decisão, relata Humberto Nogueira Duarte, da Corol Agroindustrial, com sede em Rolândia (Norte).
“Nossas áreas de cultivo de inverno normalmente são utilizadas para o cultivo de milho safrinha, trigo e adubação verde. Neste inverno, verificamos que uma boa parte da área de milho safrinha migrou para a cultura do trigo, isto devido à estiagem e não por preço ou estímulo governamental”, relata.
Antonio Carlos Campos, da Batavo, com sede em Carambeí (Campos Gerais) conta que o clima bom para o trigo no ano passado também está pesando na decisão do produtor. “A produtividade teve uma das melhores médias dos últimos anos (2,8 t/ha). Pelo bom desempenho no ano anterior, a área plantada nesta safra será maior.”
E a produção continuará dependendo do fator climático, emenda Luiz Yamashita, da Integrada, de Mauá da Serra (Norte). “É preciso uma boa chuva para animar os triticultores.” Considerado uma das culturas de maior risco, o trigo não paga seus custos em uma de cada três ou quatro safras, dizem os agrônomos.
Os cooperados da Agrária não se deixaram seduzir como a maioria dos produtores, conta Arival Cramer, coordenador da Assistência Técnica da Agrária, de Entre Rios (Centro). Eles vão reduzir a área de plantio de 31 mil para 27 mil hectares. A cooperativa conta com moinho, construído há 50 anos, capaz de receber 137 mil toneladas por safra.  

Fonte: Gazeta do Povo


 
:: Notícias Atualizadas
 
 
 
Copyright © 2004 Corretora Mercado | Política de Privacidade | Desenvolvido por M23