O recuo de quase 20% da participação russa na balança do agronegócio brasileiro motivou uma missão verde e amarela para tentar resgatar as cotas perdidas entre o maior comprador da carne aqui produzida. Em troca da retomada dos embarques das toneladas de frango e boi que já não mais seguem para lá, o País se renderia à compra de 75% do trigo, de baixa qualidade, estacionado nos estoques russos. "O pretexto é a quebra da safra Argentina e a fragilidade do comércio internacional determinada pela crise", conjectura o analista Élcio Bento, da Safras&Mercado. Liderada pelo secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ivan Ramalho, a missão, que entre outras ações deve estabelecer os parâmetros desse escambo, é integrada ainda pelo secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, pelo diretor do Departamento Econômico do Ministério das Relações Exteriores, Carlos Márcio Cozendey e pelos representantes dos setores envolvidos nas negociações em pauta - ou pelo menos os principais interessados nelas. Do lado russo, o diretor da Associação Nacional de Carnes, Sergi Yashin, representante das empresas privadas do setor no país defende a carne "made in Brazil" em função do preço final pago pelo consumidor daquele país. O Presidente Executivo da ABEF, Francisco Turra, aposta no argumento apresentado pelos importadores acerca da manutenção do consumo de carne de aves pelos próximos três anos.
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O recuo de quase 20% da participação russa na balança do agronegócio brasileiro motivou uma missão verde e amarela para tentar resgatar as cotas perdidas entre o maior comprador da carne aqui produzida. Em troca da retomada dos embarques das toneladas de frango e boi que já não mais seguem para lá, o País se renderia à compra de 75% do trigo, de baixa qualidade, estacionado nos estoques russos. "O pretexto é a quebra da safra Argentina e a fragilidade do comércio internacional determinada pela crise", conjectura o analista Élcio Bento, da Safras&Mercado. 