Milho - Falta de chuvas à safrinha poderá reverter o mercado do milho
Data:
23/04/2009
Preços estáveis no mercado interno do milho nessa quarta-feira (22). Em Goiás a referência nas principais regiões produtoras continua ao redor de R$ 16,50 a saca (bruto) posto indústria (CIF). Nesta quinta-feira a CONAB realizará mais um leilão de PEP e PEPRO, envolvendo produto de Goiás, Mato Grosso e Bahia. A sustentação dos preços domésticos continua bastante concentrada na valorização da soja e na intervenção do Governo. Diante do bom momento para a soja, a pressão de venda acaba não sendo elevada para o milho, o que impediu o aprofundamento da queda dos preços neste início de safra. De outro lado, os últimos leilões da CONAB tiveram uma ótima demanda por parte dos consumidores, contribuindo para que os preços nas áreas produtoras não se distanciem muito do mínimo de garantia governamental. Por outro lado, a paridade externa continua sendo a principal barreira técnica para qualquer recuperação do mercado do milho, principalmente frente à soja. A baixa paridade externa mantém perspectivas pouco promissoras às exportações. Com a possibilidade de uma boa colheita na safrinha, o escoamento de um razoável volume de milho através das exportações continua indispensável à recuperação do mercado interno. Mas nestas últimas semanas a falta de chuvas no Paraná gerou um quadro de insegurança em relação à safrinha, o que acabou favorecendo o mercado futuro na BM&F. O contrato de maio de 2009 na Bolsa brasileira oscila ao redor de R$ 22,44 a saca (Campinas/SP), contra uma paridade no porto estimada a R$ 20,80 a saca FOB para o mesmo período. Uma situação de poucas chuvas para a safrinha nos próximos meses poderá reverter o quadro atual de estabilidade, especialmente diminuindo a desvalorização excessiva do milho frente à soja. No âmbito externo, o fraco ritmo de exportações nos EUA tem prejudicado o desempenho dos valores em Chicago. O contrato de maio de 2009 na Bolsa norte-americana fechou nesta quarta-feira a US$ 146,85/ton (- 0,3%), acumulando uma queda de 5% nos últimos trinta dias. Obviamente que o fraco ritmo de exportações nos EUA sugere um mercado externo também muito complicado para o milho brasileiro. Veja tabela de dados em: http://www.faeg.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2063&Itemid=113
Fonte: FAEG - Federação da Agricultura do Estado de Goiás