Um dos mais tradicionais eventos agropecuários do Noroeste, a Feira Nacional do Milho (Fenamilho) começa amanhã, às 10h, em Santo Ângelo, nas Missões. Mesmo se consolidando como um evento de lazer, a Fenamilho, desde as duas últimas edições, resgata suas origens ao investir na programação agrícola. Nos nove dias de feira, além de shows nacionais, o evento se volta para o setor primário. Uma das novidades é a área de 10 hectares dentro do Parque de Exposições Siegfried Ritter, onde ocorrerá a 1ª Expomilho. No espaço, empresas nacionais e multinacionais apresentarão novidades de sementes e tecnologias da cultura que deu o nome à feira. Também focada no setor, a Mostra Tecnológica exibirá alternativas para criadores de gado leiteiro, uma das principais atividades econômicas da região. O manejo e a irrigação de pastagens serão alternativas apresentadas no evento. Apesar da frustração causada pela estiagem da safra de verão, o presidente da feira, Franco Silveira, mantém o otimismo. A expectativa de faturamento é entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões. O evento é realizado pela segunda vez nesta época do ano, quando a maioria dos produtores já sabe qual a produção de soja obtida. Só que este ano, a estiagem reduziu o rendimento previsto na lavoura. No Rio Grande do Sul, a nova estimativa da Emater é que sejam colhidos entre 6,7 milhões de toneladas e 7 milhões de toneladas de soja, produção cerca de 20% inferior à projeção anterior. O mesmo ocorreu com o milho, em que os efeitos da falta de umidade foram mais drásticos. No Estado, a quebra no cultivo é de 18% em relação a safra passada – ficando em 4,2 milhões de toneladas de milho. – A feira é uma oportunidade de se trazer informações e alternativas para os produtores enfrentarem esse tipo de problema. É em tempo de crise que surgem as grandes ideias, os empreendedores e que se cresce também – destaca Silveira. Mesmo com a crise mundial e de safra, estarão vendendo seus produtos no parque cerca de 650 expositores.