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Resultado da mostra paulista pode influenciar projeções para Expointer
A Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), que começa hoje em Ribeirão Preto, em São Paulo, será uma demonstração da situação do agronegócio brasileiro frente à crise financeira mundial. A mostra reúne mais de 700 expositores e a expectativa é movimentar R$ 870 milhões.
A projeção do presidente do Simers, Claudio Bier, para a Agrishow é de bons negócios. Segundo ele, já houve pequena melhora na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, no mês passado. 'Se a feira for bem como imaginamos, as empresas estarão mais entusiamadas também para a Expointer.'
Bier explica que o mercado dá sinais positivos, embora os resultados de venda de máquinas e implementos ainda sejam menores do que no ano passado. No Brasil, a comercialização caiu 47% em março deste ano em relação ao mesmo período de 2008. Porém, no comparativo entre março e fevereiro, foi registrada alta de 16%.
Neste cenário, a ausência das grandes empresas do segmento é um fator negativo. As associadas à Anfavea não participarão desta Agrishow, devido ao alto investimento. 'Os tratores e colheitadeiras são os carros-chefes do setor. Essa decisão não beneficia ninguém', diz Bier. Ele informa, no entanto, que o espaçamento maior entre a realização das feiras do primeiro semestre (Expodireto, Show Rural Copavel e Agrishow) é pleito antigo. O dirigente não acredita na retirada de empresas da Expointer, a grande feira do segundo semestre, mas vê a medida como sinalizador do descontentamento com valores.
O alto investimento não inibiu a participação da Sulinox na Agrishow. 'A feira é um balizador importante para o fechamento do primeiro semestre', avalia o diretor geral da empresa, Leandro Einsfeld. A recuperação do preço do leite nos últimos dois meses leva a companhia a projetar receita 10% maior. 'Esperávamos uma queda de 20% nos negócios no primeiro trimestre deste ano, mas registramos redução de apenas 7%, o que nos deu ânimo para participar', comenta.

Fonte: Correio do Povo