O milho e a soja tiveram a maior alta neste mês devido à especulação de que o surto de gripe suína será menos perturbador para a demanda de alimentos, ração para animais e combustíveis produzidos nas lavouras do Estados Unidos do que se esperava inicialmente. O milho e a soja caíram no início da semana à medida que o surto de gripe suína se expandia do México para os EUA e pelos menos seis outras nações, ameaçando uma recuperação econômica. O presidente Barack Obama pediu ao Congresso US$ 1,5 bilhão para combater o surto. A gripe é diferente das variedades sazonais que hospitalizam 200 mil americanos por ano, com cerca de 36 mil mortes, de acordo com Centros de Controle de Doenças. "As pessoas finalmente acordaram e perceberam que a gripe suína será contida e não será um grande desastre para a economia mundial", disse Jerry Gidel, analista de mercado da North American Risk Management Services em Chicago. "Surtos anteriores da gripe aviária provaram não ter impacto de longo prazo sobre a economia global. Os papéis do milho para julho fecharam em US$ 4,012 centavos o bushel, alta de 4,6%. Os ganhos de ontem tanto para a soja quanto para o milho foram o maiores desde 31 de março. Os contratos da oleaginosa com vencimento em julho subiram 4,2% e ficaram em US$ 10,25 centavos o bushel (27,2 quilos). O atraso no plantio do trigo de primavera nos Estados Unidos fez os contratos do cereal subirem pelo sexto pregão consecutivo em Chicago. Os papéis para julho ficaram em US$ 5,32 o bushel, alta de 1,9%.