Os contratos de trigo para entrega em julho fecharam em queda de 3,33%, cotados a 551 centavos de dólar por bushel, na Bolsa de Chicago (CBOT). No pregão anterior, o cereal registrava alta superior a 6%, de 524 para 557 centavos de dólares por bushel impulsionado pelas preocupações quanto à ausência de chuvas em áreas produtoras do leste europeu associadas aos ganhos da soja e também do milho. "Os contratos do cereal cederam à realização de lucros por parte dos agentes de mercado", conjectura o analista da Safras&Mercado, Élcio Bento. Ainda de acordo com ele, o fator fundamental que potencializou a queda no primeiro dia desta semana teria sido a previsão de clima favorável ao avanço do plantio do cereal nos Estados Unidos. "Mas apesar da queda, as cotações ainda estão acima do fechamento da última quinta-feira", pondera Bento. "Com o forte aumento dos estoques finais de trigo, não existe fator para sustentar a recuperação do preço do cereal. O quadro ainda é técnico e as cotações flutuam entre linhas de suporte e resistência", conjectura. Os contratos de soja com vencimento em julho encerraram em alta de 1,15% na CBOT, cotados a 1103,5 centavos de dólar por bushel. Valorização que reflete o cenário fundamental da oleaginosa: estoques apertados nos Estados Unidos, a revisão para baixo da safra sul-americana e a boa demanda para exportação indicada pelo Departamento de Agricultura americano (Usda) . Os contratos de milho de julho caíram 1,99% na CBOT, cotados a 405,5 centavos de dólar o bushel. Os contratos de suco de laranja encerraram em alta de 5,88% na Bolsa de Nova York, cotados a 89,2 centavos de dólar a libra-peso.