A má distribuição de chuvas complica o plantio na Paraíba. Primeiro, foi a estiagem. Agora, o excesso de chuva compromete as lavouras. A má distribuição de chuvas está complicando o plantio na Paraíba. Primeiro, foi a estiagem. Agora, o excesso de chuva compromete as lavouras, como acontece no município de Esperança. O ano não tem sido fácil para o agricultor José Arimatéia. Com as chuvas no mês de fevereiro ele se animou e plantou feijão. Esperava colher em maio, mas foi surpreendido por um período de estiagem de 45 dias. Tudo foi perdido. “Perdi tudo”, contou. Quando voltou a chover, no final do mês de abril, seu José vendeu cinco bois para começar o plantio. Desta vez, além do feijão, ele plantou milho. Mas a chuva veio forte e a terra encharcada está preocupando o agricultor. Na região de Esperança, a 159 quilômetros de João Pessoa, onde vivem dois mil pequenos agricultores, a estimativa é que 1,5 mil hectares de feijão e 500 de milho tem sido perdidos. De acordo com a Emater, o cenário se repete em pelo menos 40 municípios do brejo e do agreste. O pouco que resistiu é de baixa qualidade. “Os que insistiram em continuar com a lavoura terão um feijão variado, em que uma parte já está comprometida e a outra com a tendência de nascer no campo”, disse Nivaldo Magalhães, técnico agrícola da Emater. O agricultor, acostumado com a seca, agora vê uma terra encharcada. Por incrível que pareça, pede para parar de chover.