A Emater concluiu o levantamento das perdas causadas pela estiagem nas culturas de verão no Estado. O maior prejuízo foi registrado na lavoura de milho e atingiu 24,4%. Na soja, as perdas somam 9,6%, no feijão 10,16% e na produção leiteira 50%. Conforme a diretora técnica da Emater, Águeda Mezomo, a expectativa inicial era de uma supersafra, especialmente para a soja. 'Tivemos dois ciclos. A estiagem veio mais cedo, entre novembro e dezembro, o que prejudicou o milho. Depois, choveu em janeiro e fevereiro, o que é atípico', explica. Após as chuvas, a seca voltou no período de formação do grão, o que frustrou as expectativas. Segundo ela, a projeção para o trigo é de aumento de 20% na produção, que deve somar 2,5 milhões. 'Mas, se continuar a não chover, vai afetar a cultura', prevê. Na terça-feira, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e a Emater se reuniram para debater dívidas da pasta com a entidade, acumuladas desde 2003.