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Safra - Mato Grosso é o maior produtor de grãos desta temporada
Data: 08/05/2009
 
Apesar de registrar na atual safra (08/09) retrações tanto em volume de área, produtividade e produção, Mato Grosso se consolida como o maior produtor de grãos do país, ultrapassando posição quase que cativa dos produtores paranaenses. Produtores investiram cerca de R$ 12 bilhões no atual ciclo.
Conforme o oitavo levantamento de acompanhamento de safra divulgado ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Estado contabilizará produção de 26,50 milhões de toneladas, contra 26,04 milhões do Paraná, até então o maior produtor, mas que nesta safra registra graves problemas climáticos que estão impactando no rendimento. Mato Grosso mantém a liderança na produção de soja e algodão, o segundo lugar do milho safrinha e o terceiro em arroz. Nestas duas últimas culturas perdemos para Paraná (milho) e para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina (arroz), respectivamente.
Conforme os dados da Conab, Mato Grosso apresenta recuo na área plantada, em relação ao ciclo anterior (07/08), de 2,7%, pois a extensão cultivada passou de 8,60 milhões de hectares (ha) para os atuais 8,37 milhões ha. A produtividade mato-grossense encolhe 3,4%, pois sai da média de 3,27 mil quilos por ha, para pouco mais de 3,16 mil quilos ha. O impacto da redução de área e rendimento resulta numa produção estimada em 26,50 milhões toneladas (t.), volume 6% abaixo do saldo da temporada passada que foi de 28,19 milhões t.
“Infelizmente, superamos o Paraná por fatores climáticos que prejudicaram a produção deles, mas o que fica evidente ao Brasil é que Mato Grosso, apesar de todos os problemas que sabemos de cor e que enfrentamos a cada ciclo, tem estabilidade na produção. Existem, sim, variações para mais e para menos, porém não provocam abismos de uma safra para a outra”, observa o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Ottoni Prado.
Como explica o ruralista, essa estabilidade na produção – “mesmo com os problemas de endividamento que nos levam a reduzir a aplicação de tecnologias, como os fertilizantes” – revela que “Mato Grosso não é só o celeiro do mundo, mas antes disso, a solução para o País e por isso merece atenção e investimentos de nível federal para reduzir as desigualdades que sufocam a nossa competitividade da porteira para fora. Mesmo com todos os problemas e gargalos, mantemos uma produção nivelada ano a ano”, completa. Com relação ao gargalo logístico e estrutural, Prado lembra que uma solução ecológica ao escoamento da produção mato-grossense seria a viabilização do modal hídrico, por meio da navegação sobre os rios Madeira, Guaporé e Teles Pires/Tapajós. “Temos um potencial natural, rios piscosos e navegáveis. Estudos mostram que o impacto das hidrovias são 14 menores se comparados às rodovias e o frete é em média – varia de produto para produto – cerca de quatro vezes menor”.

CULTURAS
Os números da Conab apontam quebra de 30% na área e na produção de algodão em caroço no Estado. Na rizicultura há expansão de área em 16,7% e de 17,5% na produção, apesar de pequena queda (-0,7%) na produtividade. No milho segunda safra – carro-chefe da safrinha estadual – o Estado encolheu em 12,6% a área, em 7,4% na produtividade e em 19% a produção, que será de 5,68 milhões t., contra as 5,77 milhões t. do Paraná. Na sojicultura, houve incremento de 2,4% na área, retração de 1,5% na produtividade e ligeiro acréscimo na produção de 0,9%, que está estimada em 18 milhões de t.

Déficit de 2,5 milhões de toneladas.
Capacidade de acondicionamento da produção por mais um ano está aquém da necessidade, mas Conab anuncia remanejamento dos grãos
Detentor da maior produção agrícola do país, Mato Grosso conta com uma capacidade estática aquém da necessidade, pois os espaços são suficientes para armazenar 24 milhões de toneladas (t.) da safra 2008/09, o que significa déficit de pouco mais de 2 milhões de t., já que a estimativa é de que o Estado contabilize neste ciclo, produção de 26,50 milhões. De acordo com informações do superintendente regional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Ovídio Miranda, providências já estão sendo tomadas para a retirada dos estoques reguladores de milho das áreas de produção. O objetivo é abrir espaço para o armazenamento dos grãos que serão colhidos a partir do próximo mês, no Estado.
A preocupação com a falta de armazéns para abrigar a safra foi manifestada pelos produtores mato-grossenses após a constatação de que a safra de milho ficará acima da previsão inicial. Com a revisão da estimativa, que aponta uma produção de 6,25 milhões de t. na primeira e segunda safras estaduais, e não 3,9 milhões de t., conforme previam os produtores, surgiu a preocupação com relação à estrutura de armazenagem. Muitos temem, inclusive, ter de deixar a produção a céu aberto, o que poderia significar risco de perda.
Ovídio Miranda, entretanto, descarta esta possibilidade. Segundo dados da Conab, Mato Grosso deverá colher nesta temporada 26,50 milhões t. Desse total, 18 milhões serão de soja, produto que já está com mais de 80% de sua comercialização concluída. Miranda acredita que com o escoamento da soja – produto de rápida liquidez que normalmente não chega a ficar por muito tempo nos armazéns – vai sobrar espaço para o acondicionamento do milho.
“Além disso, estamos tomando providências no sentido de remover os estoques de milho das zonas de produção. Já contratamos 275 mil toneladas e o transporte já está acontecendo. Outras 100 mil toneladas deverão entrar nas novas operações de remoção para geração de espaço para o armazenamento da segunda parte da produção de milho”, informou o superintendente da Conab.
As operações de remoção de milho em Mato Grosso estão contemplando os municípios de Campo Verde, Ipiranga do Norte, Nova Ubiratã, Sapezal, Sorriso, Sinop, Tangará da Serra, Tabaporã, União do Sul, Campos de Júlio e Feliz Natal, cidades localizadas nas regiões do norte, médio norte e noroeste do Estado.


SUBVENÇÃO
Outra providência da Conab será o lançamento dos instrumentos de subvenção de escoamento ao produto, possibilitando ao governo federal retirar a produção excedente de Mato Grosso e equacionar o problema do déficit nominal de armazéns. Entre estes instrumentos destacam-se o Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) e o Pepro, Prêmio Equalizador pago ao Produtor.


PONTUAL
Na avaliação da Conab, o problema da falta de armazéns em Mato Grosso é localizado. “Existem regiões auto-suficientes em armazéns, mas em alguns municípios pode ocorrer déficit. O problema é pontual e afeta apenas algumas regiões”, garante Ovídio Miranda.

Para os produtores, entretanto, a falta de armazéns – ainda que em apenas algumas regiões - chega a ser preocupante, pois sem armazém para estocar a safra eles perdem poder de barganha e acabam entregando o produto para as tradings, logo após a colheita, com prejuízos durante o período de comercialização.

“Se tivermos armazéns para guardar os grãos, poderemos esperar o momento oportuno para vender nossos produtos”, destacou o presidente do Sindicato Rural de Sinop (503 quilômetros ao norte de Cuiabá), Antônio Galvan.


INCENTIVOS
Atento à necessidade de garantir infraestrutura de armazenagem em plena colheita da safra, o governo federal vem procurando incentivar a construção de novos armazéns por meio de linhas de financiamento como FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

A Conab já anunciou um pacote de investimentos para a construção de silos graneleiros em vários estados. Segundo informações do órgão, os novos complexos armazenadores, que terão um aporte de R$ 84 milhões, estarão distribuídos em estados estratégicos.

Nas regiões Norte e Nordeste, por exemplo, o volume de armazéns não é suficiente para a colheita, enquanto que no Sudeste sobra capacidade de armazenagem e, no Centro-Oeste, há pontualmente carência de infra-estrutura de silos em algumas regiões produtores, como é o caso de Mato Grosso.

A decisão de construir, porém, caberá à iniciativa privada. “O governo entra com as linhas de crédito e o setor privado se encarrega da construção”, disse uma fonte da Conab.

Fonte: Diário de Cuiabá


 
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