O Vale do Taquari é mais uma região prejudicada pela estiagem que assola o Estado. Três municípios decretaram situação de emergência devido à escassez de chuva: Boqueirão do Leão, Cruzeiro do Sul e Progresso. A medida foi encaminhada à Defesa Civil do Estado para garantir auxílio que minimize os prejuízos. As maiores perdas se concentram na agricultura, com o milho safrinha, e no setor de produção de leite, que sofre com a falta de pastagens. A seca atinge também os criadores de aves e suínos, que não têm como dar o que beber aos animais. Em Boqueirão do Leão, com 8,1 mil habitantes, 70% da população enfrenta falta ou racionamento de água. A quebra na safra de milho safrinha chega a 90%. A Secretaria da Agricultura está ajudando os agricultores na perfuração de poços artesianos e na abertura de açudes. Para tentar amenizar o problema da falta de água, seja para consumo humano ou para abastecer aviários e chiqueirões, muitas prefeituras abriram o caixa. Em Cruzeiro do Sul, o vice-prefeito e chefe da Defesa Civil, José Iran Maria, estima que a administração já tenha desembolsado uma soma média de R$ 600 mil. O valor foi revertido em medidas para atenuar os efeitos da estiagem, que também afetou a produção leiteira, de hortigranjeiros e de milho. No município de Progresso, há quebra de 45% na safra de milho e de 25% na produção de leite. Criadores de aves e de suínos também enfrentam dificuldades. Os municípios de Sério e Pouso Novo ainda podem decretar situação de emergência. O secretário de Agricultura de Sério, Pedro Becker, disse que a prefeitura dispõe de levantamento das perdas, mas prefere aguardar, pois a previsão é de chuva. Caso isso ocorra, o problema será atenuado.