A soja subiu pela quarta sessão consecutiva, alcançando a maior cotação em sete meses, em meio às previsões de que as reservas norte-americanas registrarão seu nível mais baixo em cinco anos devido ao aumento das exportações para a China.
Os estoques, antes da colheita, devem cair de 205 milhões, há um ano, para 130 milhões de bushels, informou na última terça-feira o Departamento de Agricultura norte-americano (Usda). O Serviço Nacional de Meteorologia afirmou que até 10 centímetros de chuva saturarão os campos do Meio-Oeste americano nos próximos cinco dias, o que deve atrasar o plantio da oleaginosa. O Usda informou que 14% da safra já havia sido plantada até o dia 10 deste, abaixo da média de 25% observada nos últimos cinco anos.
"A diminuição das reservas americanas e a queda da produção mundial devem continuar sustentando os preços", defendeu Mario Balletto, analista de mercado do Citigroup Global Markets. "Não há evidências de que a demanda esteja caindo em relação aos níveis anteriores" quando os preços estavam mais baixos, disse Balletto.
O bushel da soja encerrou o pregão de ontem a 1.128 centavos de dólar, alta de quase 1%. Seguindo tendência inversa, a cotação do trigo recuou 0,6% com o bushel do cereal valendo 588,75 centavos de dólar. Os contratos de milho com entrega para maio mantiveram-se cotados a 419,50 centavos de dólar o bushel de 25,4 quilos. (Bloomberg News)