A soja registrou a maior queda em sete meses diante da expectativa de que os importadores reduzirão as compras dos Estados Unidos, maior produtor e exportador da commodity.
As processadoras na China , maior importador, podem desacelerar as aquisições nas próximas semanas, devido à demanda fraca por óleo vegetal à base de soja e rações para gado, disse a estatal China National Grain and Oils Information Center. As vendas dos EUA para a China avançaram 42% desde setembro e respondem por 56% de todos os fornecimentos no exterior, segundo demonstraram dados do Departamento de Agricultura dos EUA (Usda).
"Caso a China comece a cancelar as vendas ou pare de comprar, haverá uma sequência negativa" disse Alan Kluis, presidente da Northland Commodities em Minneapolis. "O ganho nos preços torna a soja menos atraente" para os compradores em países onde a recessão desacelera a demanda por alimentos e rações, disse Kluis.
Os preços do milho registraram a maior queda em duas semanas com a aposta de que o clima irá firmar o solo lamacento no Meio-Oeste, permitindo aos produtores agrícolas acelerar o plantio nos Estados Unidos , maior produtor e exportador da commodity. A região terá 10 dias de intenso calor, clima seco, disse John Dee, presidente da Global Weather Monitoring em Mohawk.
Cerca de 48% da safra dos EUA foi plantada até 10 de maio, a média do período nos últimos cinco anos é de 71%, segundo dados do governo. "As estimativas são de tempo seco", informou Dan Cekander, analista da Newedge USA. "Haverá um período limitado para que se realize parte do plantio, já que as chuvas a leste do rio Mississippi atrasaram muitos produtores agrícolas, após o melhor período de semeadura", explicou. (Bloomberg News)