Passada a colheita, os produtores estão agora vendendo a safra para pagar suas contas e buscando novas tecnologias para a lavoura de arroz. Aproveitando que os arrozeiros estão dispostos a investir, a cadeia produtiva terá a oportunidade de conhecer as novidades para lavoura e indústria na 1ª FeirArroz, que acontecerá de 27 a 29 de maio, no Parque de Exposições do Sindicato Rural de Itaqui (RS). Esta será a segunda feira para o setor arrozeiro neste ano no Rio Grande do Sul, indicativo de que a cadeia produtiva não está disposta a esperar por dois anos para conhecer as novidades na Fenarroz, em Cachoeira do Sul, o evento mais tradicional do setor. Na semana passada Pelotas teve a 1ª Expo-arroz.
O coordenador da 1ª FeirArroz, Anderson Quevedo do Nascimento, enfatiza que a feira atende um pedido dos produtores, devendo reunir durante três dias cerca de 25 expositores. “A nossa região não tinha uma feira para negócios na época ideal, que é maio. Após a safra é a hora do produtor investir visando a nova lavoura”, frisa Nascimento. Ele salienta que a FeirArroz é exclusiva para os negócios, de quarta a sexta-feira. “É diferente da Fenarroz, que tem o seu lado festivo, inclusive com shows”, observa Nascimento. A ideia é uma feira anual na fronteira oeste, sendo itinerante, podendo vir a ocorrer em Uruguaiana no ano que vem.
PERFIL - Cultivando 320 mil hectares de arroz, os municípios de Itaqui, Uruguaiana, São Borja, Alegrete, Rosário do Sul e Quaraí são responsáveis por 35% da produção do cereal no estado. “O custo desta lavoura chega a R$ 1 bilhão a cada safra de arroz”, acrescenta Nascimento. Um dos diferenciais projetados para a FeirArroz é a venda de insumos para a próxima lavoura, que será semeada a partir de setembro deste ano. De acordo com Nascimento, a intenção é comercializar R$ 50 milhões em três dias de feira, o que corresponde a 5% do custo da lavoura da região, onde atualmente são cerca de 2,5 mil arrozeiros.