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Soja - Soja contará com novo modelo de produção
Data: 20/05/2009
 
A cadeia produtiva da soja vai contar a partir de 2009 com um novo paradigma para ampliar em pelo menos 50% a produtividade média nacional sem ampliar a área plantada. A ideia é difundir o manejo adequado do solo e dos maquinários por meio do trabalho conjunto com instituições públicas e privadas de extensão técnica. Para isso, um grupo de especialistas vai lançar oficialmente hoje, durante o Congresso da Soja, realizado em Goiânia (GO), o Comitê Estratégico da Soja (Cesb). Ele será composto por 16 profissionais de diferentes setores, como bancos, consultorias, exportadoras e importadoras. Além do apoio técnico, o objetivo do grupo é conscientizar o produtor a ampliar a produção sem deixar de lado os critérios econômicos, ambientais e sociais. Nesse sentido, deve ser criado um concurso nacional de produtividade de soja, onde a partir de um patamar mínimo será possível concorrer ao prêmio.

Nos últimos nove anos, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área de soja plantada no País cresceu 55%, para 21,6 milhões de hectares em 2008/09. O pico foi atingido na safra 2004/05, quando 23,3 milhões de hectares foram cultivados com a oleaginosa. A produtividade, por sua vez, ainda segundo dados da estatal, caminhou na contramão e recuou 3,7% no mesmo período, para 2,66 mil quilos por hectare. O patamar máximo foi atingido em 2002/03, quando 2,81 mil quilos foram produzidos por hectare.

Conforme Décio Gazzoni, pesquisador e membro do Cesb, o principal pilar do comitê é o apoio à sustentabilidade. A intenção, prossegue, é mudar a imagem da agricultura nacional no exterior, onde os concorrentes alimentam as críticas nas áreas social e ambiental. "O mundo tem uma relação de amor e ódio com o Brasil. De amor porque temos condição de suprir boa parte da oferta mundial de alimentos e, de ódio por causa da alta competitividade, colocando em risco a posição de outros países competidores", analisou.

A meta do comitê é elevar a produtividade média dos atuais 2,8 mil quilos para 4 mil quilos por hectare nos próximos anos, um incremento de 42%. Gazzoni explicou que os números divulgados pela CONAB neste ano foram baixos por causa dos problemas com estiagem que muitos estados enfrentaram. Ele explica que as experiências preliminares mostraram ser possível o patamar almejado. O estudo colheu informações de 150 produtores, com área plantada que variava de 15 hectares até 600 hectares. "Pedimos para que eles produzissem da melhor forma possível. O que nos surpreendeu foi o fato de antes de qualquer intervenção, a produtividade média passou dos 4 mil quilos por hectare. Os cinco primeiros colocados ficaram acima dos 5 mil quilos", comemorou o pesquisador.

"O que falta para alcançar essa produtividade é ver qual fator específico afeta o crescimento, que vai desde a difusão de tecnologia e gestão da lavoura ao ensino e orientação do produtor", acrescentou Leonardo Sologuren, diretor da consultoria Céleres e um dos membros do comitê. "Quando criamos o comitê no ano passado esperávamos atingir os 4 mil quilos em quatro anos, mas já percebemos que isso é mais do que possível", destacou o pesquisador.

Gazzoni afirma que aumentar a produtividade não é sinônimo de maiores custos. Conforme explicou, isso pode ser alcançado por meio da colheita adequada de amostras no solo, o que indica a proporção exata a ser utilizada e evita o aumento indiscriminado das aplicações. "Além disso, a variedade das sementes utilizadas também é determinante. O preço é o mesmo, mas o tipo que deve ser plantado varia de acordo com a região em que a lavoura fica. Sem contar a regulagem de máquinas, como no caso das plantadeiras, que precisam estar bem calibradas para injetar a semente na profundidade ideal", esclareceu Gazzoni. Ele também ressaltou a importância da aplicação dos defensivos no horário e em quantidades exatas e a regulagem dos equipamentos de colheita como determinantes para elevar a produtividade. "Uma colheitadeira desregulada desperdiça entre 5% e 6% dos grãos da lavoura", completou o pesquisador.

"Nosso trabalho será focado em excluir os gargalos, uma vez que já sabemos do grande potencial que a tecnologia atual pode proporcionar. Vamos atuar na difusão tecnológica e assistência técnica elaborada", disse Sologuren, diretor da Céleres. Gazzoni afirmou que a crise econômica não vai mudar a programação da associação. A ideia do grupo, conforme disse, é se antecipar ao futuro no cenário internacional. "A crise vai terminar e a demanda vai continuar alta. Se ficarmos parados, a expansão das fronteiras agrícolas vai continuar e provocar mais derrubada de florestas", concluiu o pesquisador. Para o pesquisador, países como Estados Unidos, líder mundial em grãos, não tem para onde crescer. "Mesmo com a área estabilizada por aqui, isso nos torna mais visado. Temos que agir antes de crescer".

O diretor da Céleres também ressaltou a importância que o País terá no exterior com a soja futuramente por causa da possibilidade de abertura de áreas. "A crise vai ceder e mais pessoas vão precisar de comida. Temos que nos preparar para isso".


Fonte: Gazeta Mercantil
 
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