Os preços da soja subiram pelo quarto dia consecutivo depois que um relatório do governo americano mostrou uma queda na produção na América do Sul, melhorando as perspectivas de demanda para os produtores agrícolas dos Estados Unidos, maior produtor e exportador mundial da oleaginosa. Em Chicago, o grão subiu mais sete pontos, para 1.136 centavos de dólar o bushel.
Os exportadores americanos registraram vendas de 700, 6 mil toneladas na semana passada, alta de 74% em comparação com período anterior, informou ontem o Departamento de Agricultura. Nas quatro semanas que se encerraram naquela data, as vendas de ração animal feitas de soja dobraram em relação ao mesmo período do ano anterior. Na última quarta-feira, os futuros da soja alcançaram seu melhor nível em sete meses.
"As exportações continuam bastantes fortes", afirmou Mike Zuzolo, presidente da Risk Management Commodities, em Lafayette (Indiana). "A demanda não está caindo."
Café
Os preços do café no mercado de futuro saltaram para 135,8 centavos de dólar a libra peso, a maior alta em 7 meses pelo terceiro dia consecutivo uma vez que a redução da produção na Colômbia elevou os preços do grão arábico a valores recordes.
A produção na Colômbia, maior produtora do grão arábico depois do Brasil, deve cair até 8,7% este ano devido ao excesso de chuva, afirmou um grupo de agricultores. Os preços à vista na Colômbia atingiram US$ 2,1796 a libra-peso na quarta-feira, melhor nível desde, outubro de 2001.
Os preços do café operam em alta devido aos "fundos de investimento e fundamentos", disse George Saffadi da Olam Americas, em White Plains (Nova York). "Os preços têm espaço para crescer mais" em meio à queda da produção colombiana".