As cotações do trigo já subiram 12% desde o início do mês e 3,5% na semana na Bolsa de Chicago. Na sexta-feira fecharam a US$ 6,38 o bushel, alta de 3,1% em relação ao dia anterior. A reação dos preços do produto é atribuída à queda do dólar e à recuperação da demanda mundial e a consequente escalada das exportações por parte dos países produtores.
O milho e a soja também se mantiveram em alta na semana passada na medida que o dólar caia ao patamar mais baixo desde janeiro em relação ao euro, atraindo os investidores para as commodities como uma proteção contra a inflação. O milho fechou a US$ 4,30 o bushel na semana passada, 2,5% mais elevado que o início da semana. A soja, por sua vez, fechou a US$ 11,34 o bushel, recuperação de 3% em relação à sexta-feira anterior.
Demanda aquecida A demanda por investimentos em matérias-primas aumenta à medida que o dólar cai porque as commodities geralmente mantêm o seu valor em tempos de inflação. O dólar caiu em relação a 13 das 16 moedas principais devido à especulação de que a solvência dos Estados Unidos se deteriorou e os custos para empréstimos a valores próximos de zero tornaram os ativos americanos menos atraentes. O milho e a soja alcançaram a maior alta em sete meses na semana passada.
"Em um cenário mais amplo, o dólar está caindo e deve cair mais, o que está aumentando o apelo das commodities", disse Don Roose, presidente da US Commodities Inc. em West Des Moines, Iowa. "A conclusão é que as pessoas temem que a inflação corroa os ativos financeiros e isso torna as commodities muito mais atraentes".
Os preços do açúcar subiram na semana passada depois de o governo americano dizer que a produção global da commodity este ano vai cair mais que o previsto seis meses atrás.