A China poderá reduzir as compras de soja dos Estados Unidos e aumentar as do Brasil nos próximos meses, disse o Centro Nacional da China de Informação sobre Grãos e Óleos, órgão estatal, sem dar detalhes. A China, o país que mais compra soja do mundo, deverá importar mais de 4 milhões de toneladas em maio, acrescentou o centro, em uma declaração divulgada hoje por e-mail. As importações desse país da Ásia e a quebra da safra sul-americana devido à seca elevaram os preços da soja em Chicago ao seu patamar mais alto em quase oito meses. As importações de soja pela China tiveram uma alta de 55% em abril em relação ao mesmo mês de 2008, para 3,71 milhões de toneladas, segundo dados da alfândega. "Os EUA não serão a principal fonte dos embarques para a China nos próximos meses porque está chegando o fim da temporada de venda de soja pelos EUA", disse hoje Li Jianlei, analista da Cofco Futures Co.. Ainda assim, "as importações chinesas dos próximos meses não serão tão grandes quanto as dos meses de abril e maio porque a demanda por forragem para animais será fraca até, pelo menos, agosto", acrescentou Li. Os embarques recebidos pela China poderão aumentar para cerca de 9 milhões de toneladas em dois meses, segundo a mediana das estimativas de cinco moinhos chineses consultados pela Bloomberg. A China importou o recorde de 13,9 milhões de toneladas nos primeiros quatro meses do ano, segundo a alfândega, cuja sede fica em Pequim. A perspectiva de grandes importações pode levar alguma esmagadoras do grão locais a adiar as importações alguns meses, segundo disse o operador Eric Zhu, da Hanfeng International Trading Co..
Mercado interno No Brasil, a forte demanda externa tem contribuiu para sustentar os preços da soja ao longo de toda a colheita. Segundo a análise mensal feita pelos pesquisadores do Cepea/Esalq/USP, os mercados brasileiro e norte-americano de soja foram fortemente favorecidos com a quebra da safra da Argentina. Em abril, as exportações de soja e derivados do Brasil e dos Estados Unidos apresentaram expressivo crescimento. Os dois países ocupara espaço antes da Argentina. Os prêmios para a soja também subiram em abril.
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A China poderá reduzir as compras de soja dos Estados Unidos e aumentar as do Brasil nos próximos meses, disse o Centro Nacional da China de Informação sobre Grãos e Óleos, órgão estatal, sem dar detalhes. 