Reunida em assembléia geral que contou com a presença de 70 orizicultores, representando 20 entidades, a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul estabeleceu suas metas e estratégias para impedir a queda dos preços de comercialização em 2009 e buscar facilidades de investimento no setor. Segundo o presidente Renato Rocha, o encontro realizado na sede do Irga, em Porto Alegre, contou com a presença de convidados deste instituto e da Farsul, entre outros.
Além de determinar um plano de ações para a comercialização do arroz nos próximos meses, principalmente com relação aos mecanismos do governo, a Federarroz elencou algumas demandas que levará ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes em audiência na próxima terça-feira, dia 26. Entre as ações aprovadas referentes aos preços do arroz, está o monitoramento do Leilão de Contratos de Opção para assegurar ágio zero. No entendimento dos arrozeiros, o pagamento de ágio pelos contratos gera prejuízos ao setor.
- Para isso realizaremos algumas ações de organização dos produtores e estamos contando com a colaboração das bolsas e corretoras - destacou o presidente da Federarroz, Renato Rocha.
Segundo ele, com algumas regiões onde o preço de referência neste momento já é o mínimo determinado pelo governo federal, é importante a mobilização e organização do setor para garantir contratos com ágio zero nos próximos leilões.
MINISTRO - Na próxima terça-feira a Federarroz levara um rol de demandas ao ministro Reinhold Stephanes. Diante do atual cenário de mercado, os arrozeiros julgam que algumas medidas são urgentes. Entre as demandas estão o adiamento das duas primeiras parcelas dos custeios e da parcela de investimentos, passando o vencimento de ambas para o final do contrato; a flexibilização do EGF (adiamento das duas primeiras parcelas, passando o vencimento final de outubro culminando com o vencimento dos Contratos de Opção e redução do penhor); disponibilizar recursos na linha do AGF; organizar e fomentar as exportações brasileiras de arroz, inclusive com mecanismos de apoio como PEP e Pepro e o desenvolvimento de um projeto focado na ampliação da capacidade de armazenagem dos produtores.
A Federarroz está pedindo a liberação de recursos de um programa especial, com juros de 3% ao ano, 15 anos para pagar e cinco anos de carência.
- É preciso reduzir um pouco das exigências também, pois a maioria dos arrozeiros hoje é formada por arrendatários que não têm condições de oferecer as garantias exigidas pelo sistema financeiro - explicou Rocha.
O dirigente informou também que por solicitação do Setor Produtivo o Ministério da Agricultura liberou a antecipação dos contratos de opções do 1º e 2º leilões, com preços de R$ 28,35 para junho, chegando a R$ 29,35 para agosto para o arroz com rendimento entre 57 a 59 de inteiros.