Arroz - Orizicultores cobram medidas do governo para recuperar renda e garantir comercialização
Data:
27/05/2009
Lideranças do setor orizícola gaúcho apresentaram nesta terça-feira (26), ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, ao presidente da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), Wagner Rossi, e ao diretor de agronegócios do Banco do Brasil, José Carlos Vaz, uma série de reivindicações para aquecer o mercado de arroz.
Na pauta de solicitações está o adiamento do pagamento das parcelas intermediárias dos Empréstimos do Governo Federal (EGF); a flexibilização das regras para contratação de novos EGF’s; a redução do intervalo dos pregões de contrato de opção, de 15 para 10 dias e a liberação de recursos para Aquisições do Governo Federal (AGF) e mecanismos de apoio e fomento às exportações, como os prêmios Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) e para Escoamento de Produto (Pep). Segundo o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS), que acompanhou os líderes arrozeiros nas reuniões em Brasília, o objetivo das medidas solicitadas é dar uma folga aos produtores neste momento de baixo preço, enxugar o mercado nos próximos meses, garantir a comercialização da safra 2008/2009 e assegurar a rentabilidade e recuperação financeira dos orizicultores. “Temos boas perspectivas para o segundo semestre, mas diante da queda no valor do grão, o momento é difícil. Por isso, estamos pedindo a ajuda do governo para apoiar os agricultores”, ressalta. Os pleitos do setor foram entregues pelos presidentes da Federarroz, Renato Rocha, e do Irga, Mauricio Fischer. Também participou das reuniões o representante da Farsul, Marco Aurelio Tavares. As principais reivindicações apresentadas Ministério da Agricultura: - Adiamento das duas primeiras parcelas do custeio para 30 e 60 dias após o final do contrato; - Disponibilizar R$ 150 milhões na modalidade de Aquisições do Governo Federal – AGF – suficientes para retirar do mercado 250 mil toneladas; - Liberar R$ 50 milhões para mecanismos de PEPRO e PEP baseado em custo de produção, como medida de apoio e fomento às exportações, hoje inviabilizadas pela diferença cambial; - Redução do intervalo atual dos leilões, de 15 para 10 dias, já a partir do próximo edital, previsto para 26 de maio; Conab: - Aumentar o volume do próximo leilão de Opções para seis miil contratos (162 mil/toneladas) para o Rio Grande do Sul; - Agilizar a análise dos pedidos de Aquisições do Governo Federal - AGF para garantir aos produtores o acesso ao preço mínimo; - Validar a relação de armazéns cadastrados junto a CONAB nos 15 dias que antecedem o exercício dos Contratos de Opções; Banco do Brasil: - Adiamento das duas primeiras parcelas dos EGF’s já contratadas, para o final da operação; - Contratação de novos EGF’s: a. aumento do limite para 600 mil; b. pagamento direto nos 180 dias; c. redução do penhor na razão de 1 por 1 e arroz à R$ 25,80. - Melhoria no programa de financiamento de armazenagem: flexibilização das garantias para acesso a produtores (60% são arrendatários) que queiram investir em terrenos próximos às cidades.